Series-Gazing XXII: As Coisas Boas do Verão!

A temporada 2012/2013 há muito que terminou e eu sinto-me algo aliviado porque a carga “serial” que tinha era bastante e, quando vem o Verão, parece que uma brisa fresca se abate sobre o meu computador e ele, de súbito fica mais leve e carinhoso para mim (e, frise-se, bem mais rápido). 

Se o leitor bem conhece esta época, estão aí a chegar os guilty-pleasures que nos fazem felizes e contentes numa época já de si, de imensa alegria para quem está de férias e de alguma ânsia e expectativa para quem as vai gozar. E o sinal de que a Summer Season começou é quando “True Blood” começa… Não, estou a brincar. Obivamente que não é quando esta coisa a que dizem chamar série começa… É ali na transição do 31 de Maio para o 1 de Junho. Voltamos a ser as crianças que, nos idos anos da nossa adolescência, nos ríamos com os programas de entretenimento fácil e descomprometido (vulgo, desenhos animados) para crescermos a pouco e pouco e sermos uns homens e umas mulheres de armas prontos a enfrentar mais uma abertura de barragens e a consequente leva de séries prontas a estrear na rentrée.

Covert Affairs

Para este Verão não tenho muito reservado. Assim ao primeiro pensamento salta-me “Covert Affairs”, “Suits”, “Breaking Bad” e o meu tão adorado “Big Brother”. Depois, é recuperar as temporadas que entretanto ficaram para trás como por exemplo, “Chosen”, a T4 de “The Good Wife”, as duas temporadas finais de “Dexter”, “Vikings”, “The Americans” e mais uma ou outra que agora não vos consigo falar. E não, “True Blood”, não parece fazer parte deste rol de séries e muito menos “White Collar”. A primeira porque já perdeu toda a graça e os episódios mais parecem um show de tensão sexual do qual me fartei e enjoei. E a segunda porque desde que resolveu a sua mitologia e o que veio depois não foi tão forte assim, acabou por me fartar e deixá-la de parte. Ah, e ainda não me esqueci de “Royal Pains” que, mal ou bem, acaba sempre por me deixar curioso e acabo sempre por voltar aos Hamptons para mais um Verão de casos médicos… e tenho a benece de que esta temporada 5 (e a que vem depois) são curtinhas.

Recuperar o fôlego e despreocupação são as palavras de ordem para este Verão, pelos menos para os adictos em televisão que ainda não ultrapassaram o trauma do “Red Wedding” e estão a salivar para que a próxima Primavera venha. Perguntam-me muitas vezes porque é que eu gosto de ver séries ou mesmo até porque vejo tantas… Tanto tempo depois parece que ainda não tenho resposta para esta pergunta, porque viver a vida dos outros, pelo menos aquela que vemos, parece bem mais correcto do que vivermos a vida do nosso visinho do lado e em vez de nos preocuparmos com os defeitos dele, arranjamos sempre maneira de nos identificar com a história que estamos a viver e apesar de tudo um pouco irreal (porque é o que acaba por ser), arranjamos sempre maneira de retirar o sumo daquela história e a mensagem que os argumentistas procuram dar-nos e revolucionar um pouco da nossa vida, mais não seja, um segundo do nosso dia, todos os dias.

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano – por Miguel Bento

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano - por Pedro Rodrigues

Quando olhamos para o ano em revista a nossa tendência é ir rapidamente buscar aquelas séries que são muito mediáticas, aquelas que todos adoram e alguns flops épicos. Como sou dos últimos a chegar a esta revista do ano vou tentar sair um bocado da linha e recordar algumas das séries ou momentos que não sendo tão mediáticos deixam alguma marca. Para mim este foi mais um ano de séries inglesas que americanas, sobretudo o aumento de qualidade das primeiras e o marasmo cada vez mais evidente das segundas. Venham comigo viajar pelo ano de 2012.

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Hits & Flops #1 – Summer Season

Olá a todos, sejam bem-vindos à nova coluna de opinião (nome engraçado e comprido) do Imagens Projectadas. Todas os domingos (hoje excepcionalmente à segunda-feira) eu, António Guerra, e o Miguel Bento, traremos os Hits e os Flops da semana que passou. O melhor e o pior em termos de televisão americana. Por isso, e sem mais atrasos, vamos embora ao que interessa.

Na primeira semana vamos falar do melhor e do pior da Summer Season, que está a acabar. Continuar a ler

Series-Gazing XV

Entramos, hoje, no oitavo mês deste tão problemático 2012. Um ano que prometeu, logo à meia-noite do dia 1, muito trabalho, muito esforço, muito suor. Nem todo o esforço é recompensado, é certo, mas aquele que é, deixa-nos gozar de um bom descanso e de umas boas férias na companhia da namorada, da família, dos amigos.

Agosto é, no final das contas, o mês em que nos apercebemos que a Fall Season caminha para nós a passos de Gulliver e que a Summer Season já vai bem avançada na sua caminhada. Afinal, já Eureka terminou, Continuum e Dallas seguem pelo mesmo caminho, True Blood que podia estar melhor (mas não está) já lá vai a meio e Warehouse 13 que teimava em não aparecer segue, já, para a sua terceira semana de exibição.

Quanto a Breaking Bad, segue, já esta semana, para o quarto episódio e, portanto, está mais perto de se despedir para regressar daqui a um ano… Eu não queria ter colocado este assunto na mesa mas o caro leitor rogar-me-ia pragas se não o fizesse. Precavi-me, pois.

Os Verões são, como reparou acima, dos canais por cabo. São eles que, de assalto, tomam os gostos dos espectadores com as suas histórias frescas, algo despreocupadas e, sobretudo, leves. E apesar de muitas já não serem o grande hit que mostravam ser há alguns anos, todas elas regressam, despidas de preconceitos, sem nunca esquecerem a sua verdadeira essência. E o que resta depois desta época? Alguns episódios para serem exibidos no Inverno para não nos esquecermos daquelas pequenas pérolas que no Verão nos deixam (ainda mais) sorridentes e relaxados.

No entanto, apesar do Cabo dominar, há um programa que nunca me escapa à vista quando começa o mês de Julho. Um puro guilty pleasure que, por mais monótono que seja, nunca consigo não deixar de ver: Big Brother. Talvez porque é diferente do que foi feito cá, talvez porque aquele dinheiro que é dado ao vencedor chega a ser justo considerando todas as provas, todas as traições, todos os twists que passam por aquelas 13 pessoas que vivem, em conjunto, durante, aproximadamente, 75 dias. Tem, como todos os restantes programas, os seus altos e baixos. Tem, como tantos outros, os seus momentos cómicos e tristes. Mas, no final de tudo, é um programa que nos faz olhar a nós, enquanto pessoas sociáveis, até onde estamos dispostos a ir por alguma coisa. E os caminhos são tão sinuosos e, por vezes, tão deliciosos de ver que não resisto a dar uma dentada a esta maçã que, todos os anos, se renova.

Preparando-nos para a enxurrada de séries que virão já em Setembro, a Summer Season é um dos pontos mais importantes de toda a televisão americana. Sem ela, não havia o recarregar de baterias e a ânsia de saber o que vai acontecer com as nossas favoritas não cresceria. Sem ela, nenhuma das histórias que vemos actualmente estaria no mercado… E se estivesse, seria algo tão diferente quanto azeite e água num copo.

Aproveitemos esta Summer Season que, num estalar de dedos, finda. E se acaba, a praia e o leve cheiro a maresia desaparecem e significa, apenas, uma coisa: está na hora de voltar ao trabalho.

Bitaites em Série #3 – Torneios de Verão

Sabendo que a época oficial só começa em Setembro, vamos preparando a nova temporada com alguns torneios de Verão. Alguns desse torneios com equipas de topo.

A maior parte destas séries de Verão estrearam em Junho e outras já em Julho, como é o caso do excelente Breaking Bad.

E é precisamente esta, a única que estou a seguir live, neste momento. A quinta (e ultima) temporada estreou há 2 semanas (se fizerem as contas chegam à brilhante conclusão de que vai no 2º episódio) e pode-se dizer desde já que a fasquia está altíssima. Dois excelentes episódios de uma das melhores séries de sempre (já o é, sim). E o facto de se saber à partida de que esta é a ultima temporada é um bom sinal.  Porque, como já tinha dito em bitaites anteriores, gosto quando as séries têm um FIM.

Por outro lado Walter White, Jesse Pinkman, Saul, Hank e Mike vão deixar saudades. Muitas saudades.

Das séries que estrearam em Junho, e apesar de não as andar a seguir live, ando-a-comprar-para-ver-depois: True Blood, Falling Skies e The Newsroom.

Esta última estreou nessa altura e mostra-nos os bastidores de um programa de um canal de noticias. Programa esse que tem ao leme Will McAvoy (brilhante Jeff Daniels no 1º episódio). A série tem a assinatura de Aaron Sorkin, o mesmo de The West Wing (Os Homens do Presidente, como ficou conhecido por cá). Para continuar a ver.

Enquanto isso… bons banhos a quem se banha, bom trabalho a quem trabalha.

The Moodys Effect #11 – Eis o verão… e as séries veraneantes.

É sempre mais complexo falar do verão do que da fall season, sobretudo porque nesta época o cabo fervilha de novidades, regressos e são imensos os canais que cada vez mais que apostam em séries. Se a época normal não nos satisfaz tanto como há alguns anos, o verão é sem dúvida o meu período favorito, não só porque está mais quente mas também porque o leque de opções na ficção aumenta exponencialmente. E este ano não é excepção a juntar ao facto de termos muitas séries novas, mas também despedidas anunciadas. Vamos a isto?

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Series-Gazing XIV

Se há coisa que acho particularmente graça é o facto de, quando entramos na Summer Season, o tipo de séries e o tipo de canais que as emitem são totalmente diferentes. Totalmente diferentes no sentido literal porque não há qualquer semelhança com o que é feito tanto na Fall como na Midseason.

De facto, todas estas épocas decorrem em momentos temporais diferentes: a Summer Season, como o próprio nome indica, acontece em pleno Verão onde o ambiente é mais descontraído, mais relaxado e de maior calor; a Fall Season marca a transição entre o calor dos meses de Julho e os meses mais frios, Novembro e Dezembro e é aquela altura em que são lançados novos produtos dado que as pessoas, teoricamente, já passam mais tempo em casa; na Midseason, que começa em Janeiro e vai até Maio, são lançados produtos cuja performance, em Setembro, não seria a melhor e a história propriamente dita, teoricamente, não assegura o número de espectadores mínimo para os padrões do canal.

Como o leitor pôde ver, quando se fala desta ou daquela época temos de ter em atenção a disposição do público, o seu humor e considerar muito bem aquilo que ele quer ver porque se a série não cativar não vale a pena mantê-la no ar nem muito menos continuar a exibi-la. Lone Star (FOX) é um desses exemplos onde a qualidade não significou quantidade e a série acabou por ser retirada da grelha ao segundo episódio.

E o que mais me chama a atenção das 3 épocas que referi é a separação nítida entre quem exibe o quê e o que é que é exibido. Ora, na Summer Season, é o Cabo que domina a televisão com apostas como Breaking Bad (AMC), Damages (DirecTV), White Collar (USA Network), Covert Affairs (USA Network), True Blood (HBO), etc. Na Fall, é a televisão aberta que toma o lugar com The Big Bang Theory (CBS), The X Factor (FOX), Dancing With the Stars (ABC), 30 Rock e Parks and Recreation (NBC), etc. Já na Midseason notamos que tanto a televisão aberta como o Cabo estão em “guerra aberta” com as apostas de Justified (FX) e Game of Thrones (HBO) a destronarem The Good Wife (CBS) ou outra qualquer.

Tenha a história uma atitude mais ou menos descontraída ou mais ou menos séria, esta será exibida na temporada que fizer mais sentido. Não é preciso ter conhecimentos de marketing para fazer esta conclusão porque, no fim de contas, é só preciso conhecer o espectador e saber aquilo que ele quer ver. E é aqui que os canais, desde há um tempo para cá, andam a perder porque cada vez menos sabem aquilo que nós queremos ver. De vez em quando, surge um ou outro produto interessante e que merece a nossa atenção mas, no resto dos dias, as fórmulas reciclam-se, as séries continuam com os seus grandes arcos que só se vêem resolvidos no fim de tudo, etc, e acaba por se perder o interesse naquilo que é feito para nós para nos entretermos. Continuará esta “separação” a ocorrer daqui para frente? Damará a televisão por cabo sob a aberta em certas alturas?

Monday’s Morning Mirror #14 – Uma vida jurídica no meio de investigadores (ou o interesse da Silly Season)

Sim, eu sei. É terça-feira, a crónica até tem o Monday no título, mas os exames de fisiologia não contam com compromissos já previamente marcados. Assim, e sem mais demoras, vamos embora, que há boas séries ainda para ver…

E é disso que pretendo fazer. Nenhuma reflexão brilhante (ou talvez não) sobre GoT ou outra série interessante, mas um comentário a todos aqueles que olham para o calendário e vêem True Blood e mais nada. Primeiro, vocês são tristes, pessoas que só têm tal. Precisam de arranjar uma vida e não fumar tanto (PS: vocês não são todos assim, meus meninos de caninos grandes. Só parte que achou que o episódio foi bom), se faz favor. Deviam olhar e ver algo como Breaking Bad.

Mas sim, a Summer Season não tem interesse. Conta-se pelos dedos das mãos de um maneta (que são 5…pensem nisso) as séries que têm interesse. Primeira: Breaking Bad, a referida minha amada, que toda a gente devia ver nem que fosse para dizerem “F***, ISTO FOI BOM” mesmo enquanto forem virgens (para quem for…). Depois, temos a novata The Newsroom, que promete é muita. Sim, eu sei, séries de verão da HBO é mau agoiro, mas também True Blood teve uma boa primeira temporada. Se quiserem, temos Wilfred, que surpreendeu o ano transacto, e temos a novata Perception, que deve ser um divertimento engraçado. E, para acabar…

Temos Suits. E é a primeira referência que quero fazer. A série da USA, canal que tem séries de verão (completamente, devido ao seu conteúdo leve, fácil de entender e com acção, aprisionando o espectador que, no final, pensa “Que episódio inconsequente” mas volta na semana a seguir, porque divertiu (e uma série deve, no fundo, fazer tal…)) para encher meio mundo. E, depois, têm Suits.

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Bitaites em Série #2 – Algo sobre séries que deveriam servir para tapar buracos mas que se tornaram imprescindíveis

Lá passou mais uma silly season com o fim de mais uma temporada de séries e o consequente frenesim de se saber se A ou B seriam canceladas ou renovadas.

Algumas das séries que tinha começado a ver foram condenadas ao extermínio, sendo que aquele de que tenho mais pena, e a única dessas em que vi a primeira temporada completa foi Alcatraz. Não que a série estivesse a entusiasmar, mas como tinha dito na última crónica, irrita-me que as séries acabem a meio. Mas pronto, não foi das que me chocou mais.

Adiante…

Das séries que estão neste momento activas, apenas ando a ver Game of Thrones e The Killing, que curiosamente passam no mesmo dia. Pelo que tive de arranjar outras para “tapar os buracos”.

Uma dessas séries é Person of Interest , na qual seguimos Reese,  um ex-agente da CIA (Jim Caviezel, do remake de “O Prisioneiro” e de Paixão de Cristo), que muitos julgam morto em acção. Recrutado por Finch (Michael Emerson, o Ben Linus de “Lost”), um milionário que vive enfiado em casa, e que desenvolveu um programa de computador capaz de identificar pessoas que estão prestes a cometer, ou a ser vítimas de um crime. Os dois vão agir à margem da lei para tentar evitar que esses crimes aconteçam.

Já tínhamos visto algo do género em Minority Report, embora aqui menos sofisticado. A série tem assinatura de dois grandes nomes: JJ Abrams, que julgo dispensar apresentações e mais dissertações e Jonathan Nolan, irmão de Christepher Nolan e argumentista de Memento,  The Prestige e The Dark Knight. A série já foi renovada para 2ª temporada. A não perder.

A outra série, tem a chancela da BBC e intitula-se Inside Men. É, aliás uma minissérie. 4 episódios à volta de um assalto a uma casa-forte, que guarda o dinheiro dos bancos.  Começa com o assalto propriamente dito, com 10 minutos electrizantes, como há muito não se via em televisão e depois volta atrás no tempo para entendermos melhor o que se está ali a passar.

Entretanto Junho e Julho trazem-nos novas temporadas de séries onde iremos assistir, entre outras a mais uma temporada de True Blood e ao final de Breaking Bad.

Será que Walter se irá safar?


Diálise Dominical #12 – Game of Thrones e o episódio do ano; Pan Am, zombie e The Walking Dead; previews, previews e…mais previews

Depois da semana de The X-Files, ao qual muito agradeço as pessoas que participaram (depois talvez vos chateie para outra…vamos ver se há ideias), chegou a altura de voltar a normalidade no Imagens Projectadas. E para tal nada melhor que o regresso da Diálise Dominical, com as notícias minimamente frescas da semana que passou. E esta semana resume-se rapidamente…

VÍDEOS, VÍDEOS E MAIS VÍDEOS. Em caps para vocês perceberem o dramatismo que foi fazer esta semana a DD: é trailers a dar com um pau. Melhor coisa, para vos animar: Game of Thrones tem esta semana (hoje, mais propriamente) um episódio dedicado à minha pessoa, e a HBO lançou promos para satisfazer a curiosidade. Guerra é o mote, e aqui vai o que já saiu: um, dois e três. Falando em Game of Thrones, a série lançou a banda sonora no iTunes, e lá estava guardada algo que me punha o pito aos saltos (se o tivesse). Quando The National e GoT se juntam-se dá isto. É por em repeat.

Saltando para Fringe: a série acabou, mas para os fãs aqui fica um miminho – todas as aparições dos Observers durante as quatro temporadas. Quem não deverá voltar a aparecer é Seth Gabel, porque ficou no outro universo. Veremos…

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