The Moodys Effect #16 O Fim

2012

Este tem sido um ano complicado a vários níveis, seja pessoal ou mesmo em termos gerais, de facto as coisas mudam tão rapidamente que por vezes nem damos por elas, ou só nos apercebemos quando tudo acaba. Mas não vale a pena  lamentar a nossa sorte, melhores dias virão. O que me traz hoje aqui é uma pequena retrospectiva sobre o ano que passou. Com algumas estreias relativamente marcantes, séries que terminaram e um futuro pouco promissor.

Mas antes disso quero agradecer o facto de ter sido nomeados nos TCN Blog Awards por um dos textos publicados nesta crónica mensal. Não ganhei, nem esperava, mas ver algo que escrevi levar algum reconhecimento é sem dúvida um orgulho, e portanto tenho de agradecer sobretudo ao Guerra por me ter convidado para fazer parte deste projecto.

E agora vamos olhar para alguns momentos marcantes, sem grandes descrições mas que de alguma forma foram deixando as suas marcas nas várias séries do ano que agora está a terminar.

Continuar a ler

Diálise Dominical #3 – Doctor Who, Renovações, Dragões em desespero, Estupiparvoíces e Sofia Vergara

Boa tarde minha gente tão bonita quanto o José Castelo Branco a ir ao cu de uma dada pessoa. Já viram o vídeo? Não? Então é porque não têm uma namorada que vos dá essas belezas artísticas. Prontos para mais uma dissecação da semana que passou? Não? Então respirem, vão comer morangos, e tragam o chantili. Não sujem o ecrã do PC por favor. Eu sei que se tornaria muito mais interessante se isto tivesse coberto de natas gelatinosas, mas não vale a pena deixarmos de ver as vossas figuras quando se esquecem de desligar a Web Cam.

Comecemos com séries britânicas. Esta semana foi marcada por Doctor Who. A série de (senhor, alteza real, magnificência das séries) Steve Moffat vai despedir-se de Rory e da (bonita) Amy nesta 7ª temporada (que já tem trailer), por alturas do natal (e com os Weeping Angels como companheiros do adeus), e a nova companheira do Doctor é…Jenna-Louise Coleman. Para quem não conhece, aqui se encontra 10 factos sobre ela. E, para dar as boas vindas a tal, os últimos dois Senhores do Tempo, Matt Smith e o senhor David Tennant falam sobre esta entrada. Quem não dará as boas vindas, nem aparecerá na série por agora, é Benedict Cumberbatch, que já tem Sherlock para se entreter.

Continuar a ler

Series-Gazing XI

A dois dias do regresso de Fringe, não posso esconder o meu encantamento sobre a série. Por mais paradoxos que tenha arranjado, por mais meloso que seja o amor entre Olivia e Peter, por mais incongruentes que, por vezes, algumas explicações e episódios dedicados a personagens (por exemplo, o de Astrid), Fringe sempre arranjou uma maneira de me fazer feliz, de me deixar contente com aquilo que mostra todos os sábados de manhã, quando me coloco bem quentinho na cama, a ver os novos 45 minutos e passear por entre a ficção científica e todas as infinitas hipóteses de casos estranhos, de explicações científicas, de momentos bizarros.

Numa outra vertente, aparecem-me duas comédias muito diferentes entre si mas igualmente interessantes: 2 Broke Girls e Parks and Recreation.

Note to myself: Não esquecer de pedir ao António Guerra de me trucidar por ainda não ter pegado em Community nem em Justified.

A primeira, acabada de nascer na CBS, é, sem dúvida, um guilty pleasure. O leitor que está atento às minhas palavras poderá concordar comigo quando refiro que 2 Broke Girls promete ser uma versão feminina de Two and a Half Men… só que na comédia das meninas bonitas não temos um puto que, depois de 9 temporadas, já não tem um papel decente e muito menos cómico. E muito embora as histórias que nos são apresentadas em cada episódio sejam recheadas de clichés e de pequenas coisas que nos fazem dizer “Onde raio é que já vi isto?!” eu acabo sempre por voltar a espreitar o novo episódio. E não sendo eu sadomasoquista nem nada do que se pareça, 2 Broke Girls coloca-se numa posição invejada por muitos: colocar, no mesmo espaço, duas raparigas giras que, uma ou outra vez, dizem umas piadas taradas que ajudam a cativar a audiência e, lá pelo meio, tenho um lead-in interessante (aka HIMYM) que as ajuda a crescer e a vingar no horário de segunda.

E se de um lado temos 2 Broke Girls, no extremo oposto temos Parks and Recreation que, fazendo jus ao seu nome, se coloca na frente de todas as comédias e destaca-se como sendo a melhor. A melhor, em todos os sentidos. Personagens com um je ne sais quoi que mantém o espectador interessado desde o primeiro minuto, histórias que o espectador nunca pensaria e que, tendo melhor ou o pior resolução, acabam sempre por satisfazer e, por último, uma Amy Poehler que juntamente com o argumento e a evolução da história concedem a dignificação que acima referi. Simplesmente vejam a série. Não se arrependem.

E, por último mas não menos importante, surge The River que, com uma temporada muito pequena de 8 episódios terminou a sua aventura ontem à noite na ABC. Certamente será cancelada mas não poderei dizer que não foi um produto interessante de se acompanhar. Nunca fui muito fã de terror mas sou acusado de pisar o risco e acabo por me lixar… No entanto, no fim, a sensação é sempre boa e por mais saltos ou gritos que dê, geralmente, fico pouco desiludido com o terror (talvez por ter baixas expectativas). The River podia ter sido mais competente mas, no fim, o saldo é positivo: uma história razoavelmente interessante que nos leva até ao fim do episódio e saber o que realmente se passa ali, personagens que podiam ser melhor construídas mas as que interessam realmente seguram a série e um arco que, por mais cliché que possa parecer, é praticamente impossível não querer saber como tudo acabará.

Das séries que vos falei na edição de hoje, só uma está garantida na próxima Fall Season: 2 Broke Girls. O meu desejo continua a ser o mesmo: renovação de Fringe para uma temporada final de 13 episódios, renovação de Parks para uma temporada de 16 episódios e, embora me custe por causa do cliffhanger, o cancelamento de The River. Estamos muito perto de saber os veredictos. Quem sairá renovado? E cancelado? É só esperar mais uns dias, sentado, e depois aí falaremos melhor. Até lá, especulemos.

The Moodys Effect VII – Os últimos cartuchos antes da limpeza de Primavera

A mid season arrancou em força, com uma série de propostas que normalmente são colocada em segundo plano, por serem ou mais caras, ou não terem espaço na grelha da fall season, ou mesmo por falta de confiança no produto e com isso lhe dar logo o carimbo de desprezada. Fevereiro trouxe mais duas séries algo diferentes mas que acabam por se destacar de tudo o resto por saírem da zona de conforto que são procedurals ou dramas de cordel. Entre as novas estreias temos Smash, uma das provavelmente mais bem promovidas séries desta temporada na NBC e The River uma série de aventuras com toques de sobrenatural e realitydoc… E ainda Awake, mais uma arrojada proposta  que aparenta ter tudo para funcionar, mas nós sabemos que nada é garantido nos dias de hoje.

Continuar a ler