Camões Lunático #7 – Desempregado e parado

Quando vocês estão sem imaginação, o que é que costumam fazer? *ouvindo as vossas respostas* Vão à Internet, pois claro! Pois bem, eu também estou sem imaginação agora. Em parte porque não tenho visto muitas séries, mas principalmente porque…não tenho visto muitas séries.

As poucas séries que tenho visto não são “comentáveis”: The Simpsons, Family Guy, The Cleveland Show e American Dad. Não tenho tempo para ver mais nada. O “eu” que outrora comia séries à colherada continua suspenso. Mas ainda há tempo para comentar uma ou outra coisa.

Agora que já estou “desempregado”, já comecei a ter mais tempo livre, mas não o suficiente. Até agora deu para ver três episódios de House of Lies e deixem-me que vos diga: já teve melhores dias.

Também li por aí uns rumores que a BBC poderá fazer um filme para acabar a série The Hour, que cancelaram no final da segunda temporada. Ora, eu não acredito nisto. Muito simplesmente por uma razão: se não gastam dinheiro na produção de uma série por “não ter” espectadores suficientes, também não vão gastar num filme. Mas, se o fizerem, vou ficar bastante satisfeito por darem um final à série.

E por falar em filmes…já ouviram falar d’O Fundamentalista Relutante? Não? Deviam. É um filme espectacular. Em Abril, prometi trazer-vos mais novidades…tenho de falhar a essa promessa. Simplesmente não tenho tido tempo para isso. Mas vou tentar em Junho. Até lá, tenham um bom início de Verão.

Camões Lunático #5 – Elas começam, acabam e…recomeçam

Mais uma vez, sejam bem vindos a este espaço. Desta vez, mas só desta vez, gostava de tornar este espaço um pouco mais pessoal. O que é que eu quero dizer com isto? Simples. Sou responsável (e responsabilizado) pelas palavras que vão ler já já a seguir.

Arrested Development

Primeiro, falar-vos sobre Arrested Development, como ficou acordado no texto que escrevi para esta casa no mês passado. Já vi os 51 episódios com que a Fox nos presenteou entre 2003 e 2006. Esta série está em quinto lugar no Top do IMDB, portanto não precisa de grandes introduções. Seja como for, segue um breve resumo: cada episódio é o seguimento do episódio anterior e neles é contada a história de uma família que já teve tudo, mas que tudo perdeu (tal como o narrador diz no início de quase todos os episódios). Sim, um narrador. Esta série prima por ter um narrador que nos acompanha ao longo de cada episódio e que vai fazendo intervenções entre as falas das personagens. A família Bluth é mais uma “típica” família americana que faz de tudo, mas tudo!, o que consegue para fugir à justiça americana e voltar a viver uma vida desonesta (mas bem recheada). Ora, o argumento não é dos mais interessantes que podemos encontrar no grande mercado de Hollywood, mas é bom o suficiente para nos manter agarrados ao sofá a prestar atenção a cada episódio e a querer saber como raio é que eles vão sair da alhada em que estão metidos. Uma comédia que recomendo que vejam pela qualidade (e facilidade) com que é feita. Não vão ouvir piadas forçadas – a não ser que o objetivo seja que as encontrem. De referir que a série vai ter continuidade ainda este ano: o canal Netflix decidiu que valia a pena voltar reunir todos os atores e criar uma nova temporada. Uma boa aposta, espero eu.

The Following

Em segundo lugar, falo-vos de The Following. Ainda não tinha tido tempo para começar a ver esta série, que estreou no final do mês passado. Posso dizer que é mais uma série em que há alguém a ajudar as autoridades a resolver um caso, que se multiplica em muitos outros. Mas este alguém é o Kevin Bacon, e este tipo sabe bem o que faz. A forma como o criminoso principal entra na cabeça dele é espetacular e todos os episódios têm referência a Edgar Allan Poe – se não sabem quem é (ou foi, porque já morreu há mais de 150 anos) procurem. Ele é mais conhecido pelo macabro que metia nas histórias, coisas realmente horripilantes, mas espetaculares (de um ponto de vista que nem todos têm). Voltando à série: The Following não é das séries mais brilhantes que andam por aí, mas é “agradável” o suficiente para que perca 40 minutos por semana a ver cada novo episódio.

The Hour

Agora, aquilo que mais me chateou nas últimas semanas: The Hour foi cancelada. Já tive oportunidade de vos falar desta série sobre jornalismo na última crónica de 2012 e, da forma como o fiz, dava para entender o entusiasmo que eu sentia e a ansiedade que tinha para que nos chegassem os novos episódios. Então não é que no passado dia 12 de Fevereiro a BBC se lembra de anunciar que não vai dar continuidade à história? Pouca audiência, dizem eles. Mas, mas…mas a série está tão boa! O argumento é dos melhores que já vi até hoje e a realização dos episódios está feita de uma forma tão espetacular…! Não faz sentido. Podiam apostar n(um)a (maior) divulgação de The Hour e era garantido que resolviam os problemas de audiência que sentiam. Fiquei super desiludido com esta decisão. Ainda para mais quando, no último episódio da segunda temporada, a história acaba com um dos personagens principais à beira da morte, depois de divulgar um escândalo que envolve inúmeras personalidades da vida britânica, e que sussurra qualquer coisa a uma colega. Ficamos sem saber o que raio foi que ele disse e se morreu ou não. A BBC nem se deu ao trabalho de fazer um final provisório. Não. Acharam por bem acabar com a série com o fim em branco.

Uma coisa é certa: tão cedo não volto a confiar na BBC como antes. Acho que prefiro esperar que façam uma série completa e só depois ver se vale alguma coisa. Só me resta acompanhar Top Gear e esperar que também esta não seja cancelada. E esperar que façam com The Hour o mesmo que aconteceu com Arrested Development: recomeçar.

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano – por Pedro Rodrigues

Ora então…muito boa noite. Ou tarde. Ou dia. É como vocês preferirem. Fico muito feliz por estarem a ler este meu texto, porque significa que (afinal) o mundo não acabou. Ou então acabou e nós continuamos todos num sonho. Bem, de qualquer forma, vou dar início a esta crónica.

Mais um ano chegou ao fim (ou quase, porque ainda faltam umas dezenas de horas) e com ele, muitas séries vieram e tantas outras foram embora. The Firm, The Hour (que, embora já date de 2011, eu só conheci este ano), House of Lies, Last Resort, The Newsroom e Perception foram as melhores “aquisições” que eu fiz. Vou fazer uma breve retrospetiva sobre cada uma delas.

The Firm – ora, esta, de entre todas as que mencionei, é a “menos boa”, para não dizer pior. Ao início tinha uma história interessante. Fez-me querer ver mais e esperar impacientemente pelo próximo episódio. Depois de uma meia dúzia deles, comecei a fartar-me. E a fartar-me porque a história estava a ficar enfadonha. O senhor Lukas Reiter, produtor da série, deve ter começado a ficar sem ideias e esqueceu-se de dar um rumo aos episódios (nada contra ele, atenção, até porque já tem um longo currículo que lhe dá bastante prestígio). Segundo consta, a NBC cancelou The Firm. Não sinto pena, até porque não vejo por que ponta é que poderiam começar uma segunda temporada. De qualquer forma, não me arrependo do tempo que passei a ver esta série.

The Hour – aqui está uma série que eu gosto mesmo de ver. Sou um bocadinho suspeito, porque esta série é sobre jornalistas da BBC em 1956 (na altura da crise no Canal de Suez) e eu sou estudante de comunicação social. O jornalismo enquanto investigação aqui interpretado (na maior parte) pelo Ben Whishaw (enquanto Freddie Lyon) é feito de uma forma extraordinária e acho que o miúdo é um excelente ator (miúdo não tanto, porque os 32 anos já são qualquer coisa. Mas parece bem mais novo). O desmascarar de lobbies no Governo e de chantagens que podem destruir carreiras pela televisão pública inglesa torna esta série muito mais interessante, ao ponto de nos fazer pensar em todas as repercussões possíveis antes delas acontecerem. Um jogo mental que vai sendo extraordinariamente bem desenvolvido ao longo de todos os episódios – 6 em cada temporada (duas até ao momento), e nenhum serve para “fazer número”. A série está a ser feita numa linha contínua, e não por partes. Não há nada aqui que nos confunda e que nos faça perder a paciência, como em grande parte das séries de hoje em dia. Recomendo esta série a qualquer pessoa que goste de intrigas e de investigação, porque a forma como ligam os pontos nesta série está realizado de uma forma brilhante. Ao início achei que a duração dos episódios (cerca de 58 minutos cada) ia ser um problema para mim, porque perco a atenção ao fim de (no máximo) 20 minutos caso a série esteja a ser enfadonha. Mas não. Confesso até que o final me deixou demasiado emocionado. É uma hora muito bem passada em que nem no telemóvel mexo. A investigação tem um preço, e nem todos os jornalistas estão dispostos a pagá-lo. (recomendo que vejam com bastante atenção, porque o inglês britânico por eles falado não é de fácil interpretação – a não ser que usem legendas)

House of Lies – esta é capaz de ser a série mais “anormal” na minha watchlist. House of Lies é uma comédia. E não é normal porquê? Porque não é normal eu gostar de comédias. Poucas são as que me fazem rir e esta, apesar de não perceber porquê, é uma delas. Será pelas piadas porcas que o Marty (Don Cheadle) faz? Não sei, mas é bem capaz. Digamos que o papel que o Don interpreta fica-lhe super bem na pele e ele sabe tirar o melhor partido dos seus dotes de ator. Se querem uns minutinhos de pausa na vossa rotina atarefada, aproveitem para ver esta série porque vai tirar-vos do sério algumas vezes.

Last Resort – o imdb classifica esta série como “Ação”, “Drama”, “Mistério”, “Ficção Cientifica” e “Thriller” (não consigo traduzir este último porque acho que um thriller é sempre um thriller). Eu classifico esta série como muito boa. A história está interessante e fez-me lembrar dos tempos áureos de Lost (digamos, portanto, as primeiras duas temporadas). Resumindo: o submarino USS Colorado, que tem 18 mísseis nucleares, recebe uma ordem para bombardear o Paquistão. O Capitão Marcus Chaplin (Andre Braugher) recusa a ordem e entra em “guerra” com os EUA, acabando por refugiar-se com a sua tripulação numa pequena ilha. A série está muito boa e tem ação q.b. Digamos que é…interessante saber qual é o próximo passo que o Capitão vai tomar. Mas, infelizmente, a ABC demonstrou, mais uma vez, a estupidez de que é feita. Claro que não é só estupidez, caso contrário nunca teríamos acesso a muitas (boas) séries como temos. Mas a ABC decidiu cancelar Last Resort, apesar do bom argumento que têm. Há claros erros de produção, como o de tentarem encaixar muitas mini-histórias na principal – o que os fez perder um bocado o rumo da coisa. Uma decisão muito estúpida, que não tem em consideração a apreciação que muitos internautas demonstram por essa internet fora.

The Newsroom – como The Hour, esta é mais uma série sobre jornalismo. Mas esta passa-se na “atualidade”, e por “atualidade” quero dizer que trata temas reais em dias específicos, desde o derrame de petróleo da BP em 2010 até à declaração do Obama quando os americanos apanharam o Bin Laden. A série está…interessante. Há lá alguns dramas amorosos desnecessários, mas é forma de prender algum do público. Gosto especialmente que o Tea Party diga que esta série é um apoio ao Barack Obama. Um aplauso à HBO por ter conseguido a atenção (e críticas) desses radicais.

Perception – não há muito a dizer sobre esta série, uma vez que a primeira crónica que escrevi aqui foi exatamente sobre Perception. Espero ansiosamente pela segunda temporada e pelo maravilhoso trabalho do Eric McCormack.

Pois bem, parece que cheguei ao fim das seis séries de que vos falei. Claro que há muitas mais por esse mundo fora, mas estas são as que, na minha opinião, merecem destaque. Pelo menos enquanto novas (exceto The Hour, claro).

Não me posso esquecer de Go On. Tive conhecimento dela através da crónica do Cristiano e decidi ir ver um episódio. Depois vi o 2º. E o 3º. E o…bem já perceberam. Aconselho, porque, como disse o Cris, “é uma surpresa leve, mas é uma surpresa”!

2013 vai ser um ano em cheio para as séries que sigo. Espero que Fringe finalmente termine, mas que seja em grande.
De qualquer forma, 2012 trouxe-me séries muito boas que mereceram a minha atenção e as minhas horas (que podiam – e deviam – ter sido passadas a estudar e a fazer trabalhos). Espero que o próximo ano se mantenha ao mesmo nível.
Aguardo pelos vossos comentários com as séries que mais gostaram e, está claro, as que menos gostaram. Aqui há sempre espaço para discussão.

Antes de terminar, uma notícia que recebi com o maior dos agrados: Gossip Girl já acabou! Há uns tempos falei por aqui de passagem nessa “série”, e parece que lá nos States as minhas preces foram ouvidas! Aquilo..acabou, e não vai continuar. É o (tão esperado) fim de uma novela que durou 5 anos.

Espero que bebam bastante na passagem de ano (quem é que acham que enganam? Eu tenho 20 anos, sei como é que as cenas funcionam! Mas, caso estejam sozinhos, aproveitem para pôr as séries em dia!) e que se divirtam bastante em 2013. Para onde quer que vão não se esqueçam das séries. São sempre uma ótima companhia. Assim termino a última crónica que escrevo em 2012.

Até para o ano, leitores!

The Moodys Effect V – Vamos falar de qualquer coisa…

Antes de mais feliz ano novo a quem nos acompanha e aos outros também, que são feios e não vão ler isto. A tarefa mais complica de se fazer uma cronica mensal é chegar ao dia em que se devia publicar e não ter a mínima ideia do que escrever, portanto vamos abandalhar isto e começar o ano com qualquer coisa… Sendo assim vamos fazer uma incursão parva pelo que se passou no meu pc, a nível de séries, não sejam obscenos nesses pensamentos. Jump!! (é aquele momento em que tenho de meter uma linha para vos obrigar a clicar no artigo e ler o resto…  e assim contar para as estatísticas.)

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