Posters TCN Blog Awards 2013 #4

tbbtCom (muito) atraso, mas ainda a tempo, o Imagens Projectadas vem por este meio comunicar a esta ilustre comunidade as suas duas nomeações para os TCN Blog Awards. Como tal, e até que a imaginação nos doa, teremos a campanha mais inovadora (e sem mamas) da história! Ou algo parecido. Assim, as duas categorias para as quais estamos nomeados, são:

Podem votar no Cinema Notebook ou clicando na imagem em cima.

Alfabeto das Séries: B

Mais um post, mais uma letra, desta vez o B. Nesta rubrica baptizada de Alfabeto das Séries, procuro aprender um pouco mais sobre séries que não conheço e dar a conhecer novas séries aos leitores do Imagens Projectadas. Vamos então a isso e espero que gostem!

  • Breaking Bad, (2008–2013), AMC, Terminada.

breaking bad

Breaking Bad sempre foi uma óptima série, mas quando estava a caminhar para o fim, a sua popularidade aumentou de uma forma estrondosa. Mas mereceu toda a atenção que recebeu. Quem a conhece, sabe de que obra de arte é que estou a falar; quem não a conhece provavelmente viveu debaixo de uma rocha nos últimos anos. E para essas pessoas, posso dizer que a série introduz-nos um professor de Química diagnosticado com cancro do pulmão e que acaba por começar a produzir metanfetaminas com um antigo aluno de forma a deixar dinheiro para a sua família. Só que a série é muito mais do que isso. É a viagem de uma vida.

Classificação:
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  • Big Bang Theory, The, (2007– ), CBS, Em exibição.

big bang theory

The Big Bang Theory é uma comédia bastante popular da CBS. Quando a série estreou, apresentou-nos dois físicos brilhantes e como a sua vida social (que era constrangedoramente inexistente) mudou quando uma rapariga gira se mudou para o apartamento em frente. Actualmente, tenho a impressão que é uma série sobre um grupo de pessoas minimamente suportáveis que lidam com um indivíduo com óbvios problemas mentais. Mesmo que já não simpatize tanto com o fan favorite Sheldon, continuo a ver a série porque é engraçada e serve o seu propósito de fazer rir, mas não é nada de especial, quando comparada a outras comédias.

Classificação:
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Series-Gazing XXIII: Rescaldo da Fall Season 2013

Todo o adicto fervoroso de séries sabe o que é e vive intensamente esta grande época, tal qual como se fosse uma época de caça. É uma altura do ano em que uma cascata de pilotos parece cair numa pasta do nosso computador e como que se multiplica, dia após dia, com novas estreias, regressos e até finais de temporadas ou séries que nos deixam sem qualquer palavra.

Breaking Bad

Estava esta Fall Season ainda a começar e já “Breaking Bad” findava com um episódio perfeito que fez jus aos 5 anos intensos que a série viveu. Terminou no tempo certo, com a história certa e vai, com certeza, ser relembrada de uma forma bastante positiva. No reverso da medalha, temos “Dexter” que não terminou da melhor forma e parece que a Showtime teve mão nisso.

E enquanto os ícones da televisão fechavam as suas portas, outras histórias procuram ter o seu peso na guerra que é a televisão americana. E este ano, parece que as comédias não estão a ser muito constantes em termos de qualidade ao passo que os dramas estão a ganhar, ao que parece, algum terreno e alguns novos espectadores – “The Blacklist” tem feito algo para a NBC que não via há já algum tempo: ganhar um timeslot e com uma boa margem de rating face à concorrência. Quem ainda não aprendeu a lição foi a ABC que teima em programar às quintas, às 8h, e não consegue… É muito difícil perceber que “The Big Bang Theory” coloca as massas todas na CBS às 8h?

The Crazy Ones

Quanto ao resto, o meu escape de séries tem sido essencialmente pilotos e nada mais. Tenho uma série de séries para ver e o tempo não estica. Nem mesmo em Espanha! Para recuperar, encontra-se na lista “Haven” que terminou de forma excelente o seu terceiro ano; “Modern Family” que já soube que mudou de genérico mas mantém a irreverência e a loucura; “American Horror Story: Coven” que parece que está bem melhor que os dois anos que passaram; “The Crazy Ones”, a minha nova comédia favorita; e, claro, “Marvel Agents of S.H.I.E.L.D.” que também ganhou lugar especial. A ver se as temporadas, este ano, surpreendem o público – estou a falar contigo, “Once Upon a Time”, que também estás na minha lista – até porque precisamos de mais criatividade, mais factor “wow”, mais qualquer coisa que nos mantenha agarrados. O que foi novidade não pode deixar de o ser, senão, da mesma maneira que o espectador se interessa, assim ele parte para outra. A ver vamos o que nos espera este ano, pois ainda é cedo para dizer qualquer coisa. Deixemos as séries crescer e depois, ou paninhos quentes ou uma bela machadada.

Séries Para o Verão, por Jorge Nascimento

Enquanto todos estão desejosos que o Verão acabe para finalmente termos de novo no ar uma Casa dos Segredos (não mintam, sei que é o evento de TV em todo o mundo mais esperado por todos este ano) há que ter qualquer coisa, além de sol, calor, areia e mar, para se entreterem.

Como de costume, o volume de séries disponíveis durante esta época é reduzido ao mínimo essencial, mas há algumas coisas que podem ver para contrariarem esta “seca”.

Comecemos por algo cliché – “Wipeout”:
É verão, por isso claro que tinha de recomendar algo onde as pessoas levam uma porradona durante o percurso e 99% do tempo acabam a chapinhar na água ou em lama. Além disso, como não tem nada de sequencial podem ver qualquer um dos episódios, de qualquer uma das versões (US, UK, Austrália…), conforme quiserem.

Harper's Island

Mistério, gore, suspense – “Harper’s Island”:
Com apenas 13 episódios, recomendo esta série, que já é de 2009, a qualquer fã de mistério, thriller e suspense. E claro, convém não serem esquisitos com um pouco de sangue ou pessoas a ser cortadas ou desfeitas. Devido à natureza da série, também é uma boa aposta para verem acompanhados de família ou amigos e tentarem ver quem é o primeiro a acertar na pessoa responsável pelas mortes. Não é uma série sem problemas, e tem alguns mais óbvios, principalmente na recta final, mas serve o propósito de entreter e colmatar a actual falta de séries deste género na TV.

Algo novo, uma aposta numa “nova” forma de distribuição – “Orange is the New Black”
Focando-se na nova vida de prisão da personagem principal, Piper (interpretada por Taylor Schilling), esta comédia/drama mostra mais uma vez que é possível ter qualidade numa série feita directamente para um formato digital, Netflix neste caso. Tem comédia, drama, tristezas e alegrias em iguais partes e, em geral, muito boas prestações por parte de todos os envolvidos. A qualidade é indiscutível mesmo que não seja para todos os gostos.

Outras sugestões para o Verão é ver ou rever séries leves, que não envolvam grande esforço para seguir a linha da história e que possam ser vistas em bite-sizes, geralmente comédias. “How I Met Your Mother”, apesar dos problemas das temporadas mais recentes, continua a ser uma das minhas favoritas para apanhar um episódio ou outro de vez em quando. Tal como a anterior, dou o mesmo tratamento a séries como “Community”, “The Big Bang Theory”, “Happy Endings”, “Modern Family”…

Uma última sugestão de forma de aproveitarem o Verão é prepararem já a rentrée com maratonas das vossas séries preferidas. Maratonas completas desde a 1ª temporada à mais recente. Além de reavivarem memória sobre o que se passou, existe uma grande probabilidade de descobrirem coisas novas em cada episódio, sejam pequenos ou grandes detalhes.

Under the Dome

Mas com isto tudo, é claro que existem boas séries actualmente a serem transmitidas/lançadas. Aliás, de séries deste verão (ou pelo menos com uma grande parte transmitida depois do fim da temporada normal), recomendam-se as seguintes:

  • “Breaking Bad”
  • “Orange is the New Black”**
  • “Dexter”
  • “Falling Skies”*
  • “Under the Dome”
  • “Top Gear”*
  • “The Killing” (melhorou bastante, na minha opinião)

*Séries transmitidas este verão, mas cujas temporadas já terminaram. Ainda assim, recomendadas.
**Lançada na íntegra num só dia no Netflix.

Seja o que for que decidirem fazer para ocupar o vosso Verão, opções não faltam, sejam séries de qualidade ou algumas mais mazinhas apenas para serem vistas como fast-food.

Séries para o Verão, por Inês Brito

Férias é sinónimo de descanso, tempo livre e, acima de tudo, redução dos esforços ao máximo, e eu gosto de levar isso bastante a sério, até mesmo no que respeita a séries. Fazer o mínimo possível no que toca a este assunto é possível, no entanto, está subordinado a meios muito concretos: uma televisão, canais com séries e um sofá onde uma pessoa possa estar comodamente deitada. E passo a explicar…

Eu detesto ver televisão. É um facto. Não tenho paciência. Posso até estar a olhar para o ecrã enquanto faço qualquer coisa no computador, mas se me perguntarem o que é que se passou, muito provavelmente, não vou saber responder. Ah, e como se não bastasse, sou daquele tipo de criaturas que obriga alguém a ver séries comigo para não me sentir sozinha e ter que comentar. Também sou do tipo que “spoila” se já tiver visto o episódio e, no caso de não me deixarem contar, fico tipo cãozinho excitado, a torturar, até que me deixem contar. Em suma, sou horrível. Chegada esta altura do ano em que as séries que eu sigo, assim como eu, estão de férias, há que tentar potencializar aquilo que passa na televisão da melhor forma, de modo a conseguir ver séries na TV, com a companhia por mim exigida. Infelizmente quem sofre com isto é o meu irmão (mais novo, lógico, caso contrário dava-me uma lapada nas trombas e ia tratar da vidinha dele), que me acompanha naquilo que eu gosto de chamar “séries à preguiçosa”. Outro fator que também influencia todo este complexo esquema é a tipologia de séries a procurar. É tempo de férias, gente, queremos algo que estimule o mínimo possível a nossa capacidade de pensar, que não incentive a especulações mirabolantes acerca do que se passa no episódio seguinte ou ao longo do próprio episódio e, acima de tudo, algo que nos faça rir, já que para chorar temos o resto do ano todo. O único esforço exigido é ao início do processo, em que devemos selecionar cuidadosamente qual as séries em concreto a ver.

Ora, posto isto, quais as características preferenciais de uma “série à preguiçosa”? Ser de comédia, fácil de interpretar, que dê para rir mesmo que o episódio já tenha sido visto uma ou duas vezes, e, de preferência, que os episódios não tenham uma relação muito relevante entre si, para que se possa vê-los salteados sem perder grande coisa. E que séries se encaixam nesta tipologia? Isso é bastante simples: Happy Endings, The Middle, Modern Family, The Big Bang Theory, Men at Work, e outras quantas que correspondam às características e que passem na Fox, Fox Life, AXN e demais canais do género. Podem sempre optar por ver uns episódios de Chuck, mas só se estiverem dispostos a aumentar a atividade cerebral qualquer coisa, mas eu, confesso, nem sempre tenho capacidades para tanto. Levo isto das férias mesmo muito a sério.

No caso concreto de pessoas que não têm os meios referidos para levar este projeto avante, também tenho uma sugestão para vocês. Se quiserem tentar experimentar alguma série para começar a ver seguida quando ela retornar, seguindo a mesma lógica do mínimo possível, não optem por séries que têm 176863428763 temporadas. Perde-se muito tempo, torna-vos irritados porque enquanto estão a meio de um episódio já querem ver o que se passa no seguinte, deixa-vos noites sem dormir, estimula em demasia a vossa capacidade de concentração e não é isso que se quer em tempo de férias. Gente, descansem, não se passem com coisas destas, não vale a pena. Peguem num New Girl, num 2 Broke Girls, ou ainda melhor, num Bunheads, que só tem uma singela temporada e retrata a vida dumas miúdas que dançam umas cenas com umas piadolas lá no meio. Para aqueles que gostam de aproveitar as férias para engolir tudo o que é séries, rever Friends e outras coisas assim que demoram 50 anos a ver, não tenho respeito por vocês. E as férias também não. Ide trabalhar, seus…seus…seus desprezadores do mínimo e do nada.

Eu sei que esta proposta não é muito ambiciosa, mas o que é que vocês querem? Estou de férias e gosto de as respeitar. Não digo que isto funcione com toda a gente, mas comigo e com o meu irmão até tem dado. E é da maneira que consigo pôr os olhinhos por mais de dois minutos na televisão (que eu começo a achar que não me acha muita piada a mim também…).

Upfronts 2013: CBS Poucas alterações mas muitas séries novas [act.]

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A CBS é regularmente o canal com menos cancelamentos e onde a cada ano introduzem um número limitado de séries, este ano a estratégia mudou ligeiramente, não houve muitos cancelamentos mais do que habitual mas o canal resolveu apostar um pouco mais em séries novas, 5 comédias novas e 3 novos dramas. Com alguns ajustes ligeiros a grelha segue o habitual processo da CBS, comédias fortes e procedurals bem ao estilo do canal. A grande surpresa é o não avanço do segundo spin of de NCIS, o que talvez tenha a ver com a necessidade de diversificar um pouco mais a grelha.

Traillers actualizados.

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Codename: Desenvolvimentos

Então, este fim-de-semana tive a oportunidade de tirar algumas horas (mais do que algumas, vá) para pôr as minhas séries em dia. E foi um fim-de-semana que rendeu muito bem, uma vez que consegui pôr 12 séries em dia, por isso, mesmo que não quisesse, tinha muito para falar nesta crónica. Não me vou centrar numa só série, em vez disso, vou falar um pouco de todas..

Começo então por Fringe. Ahh, vou ter tantas saudades de Fringe. Antes de mais, não posso – e não vou – retirar o que disse sobre Fringe: continuo plenamente consciente que esta última temporada não se desenvolveu da melhor maneira, tornando-se mesmo aborrecida. No entanto, os últimos episódios melhoraram e fizeram-me lembrar porque é que eu gosto tanto desta série. O final foi apropriado e o último episódio esteve cheio de referências às temporadas anteriores. Aquilo que mais me agradou foi a avalanche de diferentes fringe events causados pelo grupo. Sei que há gente que ainda não viu o final, por isso não quero entrar em grandes pormenores – tenho sempre medo de escrever aqui, uma vez que odeio quando leio spoilers sem querer e não quero causar o mesmo “ódio” a outras pessoas.

Outra série que acabou (embora não definitivamente) foi Homeland. E que final explosivo (sim, eu tinha que fazer esta piada ridícula). Se a série fosse um desastre de audiências – o que não é, antes pelo contrário, – o nono episódio funcionaria muito bem como uma conclusão. Por uns momentos, cheguei a duvidar do rumo que a 3.ª temporada tomaria, mas depois do décimo episódio não duvido da série. E não duvido que vai ser épico. Se na primeira temporada a Claire era a única que “não acreditava” no Brody, na próxima temporada, ela vai ser a única que acredita nele. Gosto desta diferença e sei que a terceira temporada não vai desiludir. Não pode.

Arrow foi outra das séries que tive a oportunidade para pôr em dia. Não estou dentro da história das BDs, mas a adição do Dark Archer foi muito boa, principalmente depois de sabermos quem ele verdadeiramente é. The Big Bang Theory continua uma série pouco engraçada, sem muitas surpresas. Por outro lado, Person of Interest surpreendeu-me muito nestes últimos episódios, com uma reviravolta óptima. A série canadiana Primeval: New World está finalmente a entrar nos eixos (espero eu), com muitas referências à série original britânica e com uma participação especial surpreendente do Colin Ferguson (sim, o Jack Carter de Eureka faz o papel de um geek nesta série – quem diria?).

Finalmente, temos Last Resort, que até posso dizer que me surpreendeu – mais uma vez, quem diria? Esta série teve um início espectacular, uma parte intermédia muito chata, e um final quase tão bom como o início. Dou relevo ao episódio “Cinderella Liberty”, o episódio em que os paquistaneses atacam o navio com os familiares dos militares nas ilhas. É uma pena que a série tenha “estragado”, e é uma pena que tanta coisa tenha sido “enfiada” nos últimos minutos do último episódio, mas preferi desta maneira em vez que nos espetarem com um final sem conclusão ou terem a série a prolongar-se sem evolução indefinidamente.

Neste momento, estou quase sem séries para ver, e embora me queira dedicar um bocado aos filmes, já estou a matutar em algumas séries novas… Na próxima crónica há novidades. Até lá, então!

Golden Globes 2013 – Quando as modas não são assim tão jeitosas (Comentário)

Numa noite onde o pessoal de SNL fez da cerimónia dos Golden Globes das melhores dos últimos anos (Tina Fey e Amy Poehler estiveram brilhantes no monólogo, acompanhados por Will Ferrell e Kristen Wiig num dos melhores momentos da noite), notou-se que há modas que pegam e que não largam. E se, no ano passado, parece que Glee acabou o seu ciclo, outro começou.

Melhor Drama

Boardwalk Empire (HBO)
Breaking Bad (AMC)
Downton Abbey (BBC)
Homeland (Showtime)
The Newsroom (HBO)

Comecemos pelo melhor drama. Numa categoria onde a falta de Mad Men é gritante (a entrada de The Newsroom não se percebe), dar o prémio a Homeland é algo que não se percebe. É o novo coqueluche dos prémios, já se percebeu. Para mim não é a melhor série em activo, nem de perto, mas, e se nos Emmys, apesar de discordar veementemente, achar que a série teve uma temporada brilhante, nesta segunda temporada, analisada pelos GG, nem de perto nem de longe se chegou a tal. E, dos 5 nomeados, a única série que tem sido brilhante, regularmente brilhante, é Breaking Bad. Entre Mad Men e Breaking Bad o meu coração pende para a segunda, mas tentando ser imparcial, não consigo decidir quais das duas são melhores. Mas sei que, comparando as temporadas que se passaram em 2012, tanto Breaking Bad como Mad Men tiveram bastantes furos acima da transformada em “chorona” e “maricas” Homeland. Porque, a partir de Q&A, não tivemos uma série…tivemos algo que fazia verter lágrimas. Ou tentar…

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Series-Gazing XVIII

O mundo das séries sempre me intrigou. Porventura o leitor já terá pensado, como é que as mentes por detrás das séries conseguem fazer (muitas vezes) as melhores séries a partir de uma história que, à partida, nem dava para uma mão cheia de episódios. Porventura, já terá pensado em histórias que, sabe-se lá Deus, conseguiram chegar a série e permanecem por 3, 4, 5 anos (e até mais) e as pessoas parecem gostar sempre da mesma fórmula, da mesma pasmaceira e das mesmas personagens que se reciclam, continuamente.

De facto, quando um adicto (assumido) em séries carece de tempo para ver os seus produtos favoritos, esse mesmo doente (leia-se pessoa) começa a perceber, a pouco e pouco, muito do lixo que parece gostar de acompanhar mas que, lá no fundo, vê porque já acompanha a série desde o início ou porque as personagens principais estão perfeitos eye-candy ou até porque a histórias, às vezes, consegue ser boa e compensa os casos razoáveis que são contados ali pelo meio.

Chegado que estava às férias de Natal, deparo-me com uma lista enorme de séries para ver fora aquelas que estão bem guardadinhas para depois. Penso, claro, que tenho de as ver todas. E depois rio-me com tamanha parvoíce e talvez penso que devo fazer stand-up comedy. Depois deste momento de pura gargalhada, penso seriamente sobre o assunto e surge-me a ideia mais maravilhosa do mundo: desistir de ver umas ditas. Não é que me encha o coração de desistir de acompanhar histórias, mas tem sido assim desde que comecei nesta senda de analisar episódios, de perceber as intenções das personagens ou mesmo até deparar-me com os mais bonitos cenários onde decorrem estas histórias.

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Lembro-me de ter dito ao caro leitor que “How I Met Your Mother” e “The Big Bang Theory” tinham sido duas séries que havia deixado para o Verão. Sabe onde é que elas estão agora? Na reciclagem. O mesmo se passa com “Rizzoli & Isles” que, desde que terminaram o arco com aquele grande assassino, a série perdeu força e graça. Ainda vi, no Verão, a primeira leva de episódios da terceira temporada mas agora… vamos esquecê-la. Apesar de ter a Sasha Alexander, não chega. E “2 Broke Girls”? Dizia eu o ano passado que a comédia era muito boa. Adorava, essencialmente, as piadas porcas. Este ano, tenham ou não loja, fartei-me da série. Pronto, eu sei que tem a Kat Dennings e a Beth Behrs mas estou farto da premissa.

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Perco tempo a ver estas quando tenho guardadas para mais tarde “Justified” e “Homeland”. Não achando eu que isto é comportamento de pessoa normal e minimamente sã, o meu 2013 começou bem mais limpo e com objectivos distintos em relação às séries: parar de me perder com mediocridades e focar-me naquilo que interessa. Eu sempre tive na ideia que quem visse maior número de séries era o maior… Mal sabia eu que estava a ser ingénuo. Sinceramente, não é mais ou menos adicto quem vê um grande número de séries. É adicto quem acompanha poucas mas fica envolvido pelas suas histórias e personagens e pequenos detalhes… É adicto quem sabe o nome dos actores e actrizes e (quase) toda a sua carreira.

Certamente que muitas mais séries serão lavadas do meu consciente durante este ano de 2013. Azar o delas, lá diz a sabedoria popular. Mas de uma coisa tenho a certeza: a televisão e a criatividade parecem estar a estagnar, sempre presas aos mesmos conceitos, aos mesmos estereótipos, às mesmas piadas e sem nunca sair da zona de conforto. Talvez seja por isso que a minha mente esteja a fazer uma selecção rigorosa dos programas que deliro ver e talvez seja por isso que esteja a enveredar pelo mundo do cinema (que a mim sempre me foi muito desconhecido). Não digo que a televisão esteja obsoleta mas, com o paradigma actual, a dita para lá caminha. Teremos uma midseason sem graça, tal como foi a fall season deste ano? A época só ontem começou e é esperar para ver o que ela nos reservou.

Um óptimo 2013 para o caro leitor, recheado de bons programas e de histórias envolventes.

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano – por António Guerra

Depois de uma semana preenchida com o melhor e pior do ano, chega a vez do comandante das tropas deste estamine falar sobre o que se passou este ano…e porque não me apetece fazer uma introdução longa, vamos ao que interessa:

Melhor Série: Sherlock

Sherlock

Sherlock teve este ano uma temporada de vale. Um pico alto, a chegada ao rio no segundo, e voltar a subir na qualidade no terceiro. Mas, e visto que revi a série ainda há pouco tempo, acho que não há como dizer isto de outra forma: dos três episódios, dois deles são absolutamente brilhantes. O primeiro é um episódio à Steven Moffat, genialmente escrito, e com um final absolutamente brilhante. Foi para mim o melhor episódio do ano, mais que merecido. O terceiro é uma construção fantástica, que permite o espectador duvidar mesmo do herói da história, algo que parecia impossível acontecer. O pior disto tudo? É ter aquele final e saber que a série deverá regressar só em finais deste ano que vem. Para os que já viram, vejam de novo. Para os que ainda não viram, não sei o que falta para ver… Continuar a ler