Series-Gazing XXVI: E depois da Fall Season…?

Estamos já a pouco mais de 72h do Natal, aquela época maravilhosa em que os miúdos recebem as suas prendas, a família tenta estar toda reunida e tenta sorrir apesar de alguns desamores que possam existir e algumas dificuldades em trazer as coisas à mesa, mas o que importa é o espírito de paz que as une e reúne naquela casa, com ou sem lareira, com ou sem radiador, naquela sala onde está a árvore e se passa a meia-noite com o maior alvoroço. É assim todos os anos, e por mais que nos queiram roubar isso, tudo volta a acontecer. Digamos que é a magia do Natal.

Convido-o, pois, a sentar-se comigo durante uns 10 minutos, nada mais do que isso, e vejamos como foi a minha (e a sua, pois há sempre um comentário a fazer) Fall Season. Já tem o seu chá ou café prontos? Com o bolinho a acompanhar? Pois, no exacto momento em que lhe falo estou de viagem, e portanto, não se espante se eu desapareço por uns momentos. Eu vou tentar não me esquecer de pôr o sinal do “Volto Já”, não vá o caro leitor pensar que o abandonei.

The Crazy Ones

Devo dizer que a minha Fall Season, neste ano de 2013, foi diferente em todos os sentidos. Por um lado, quando esta tão interessante época começou decidi, na minha cabeça, analisar o maior número de pilotos que podia. E assim o fiz. Mal ou bem, notas baixas ou altas, está feito e até lhe digo que nem foram muitas as que me propus acompanhar. Das novas recordo-me de “The Crazy Ones”, “Once Upon a Time in Wonderland”, “Atlantis”, “Dracula” e “Sleepy Hollow”. Poucas? Eu sei que sim. O tempo, muitas vezes, não estica. No que toca à categoria das que fazem parte da mobília da casa fiquei-me por “Once Upon a Time”, “American Horror Story”, “Modern Family”, e mais uma ou outra que agora me falham. Estão para depois “Almost Human”, “Masters of Sex”, “S.H.I.E.L.D”, “Reign” e “Haven” mas seguramente que as consumirei agora nas férias, apesar do estudo que ainda terei de fazer.

Foi uma Fall que eu esperava bem mais activa; se calhar, as apostas dos canais este ano estiveram muito em baixo ou se calhar, a minha paciência e o tempo livre estão cada vez mais pequenos, que quase preciso de um microscópio para os encontrar. No final de tudo, acabo por ficar com as que mais gosto, com as que mais prazer me dão a ver. É como o acto de beber um café: prefiro-o curto e bom, do que um longo e mau.

Eu não lhe disse que iam ser 10 minutos? E até sou capaz de lhe provar que nem chegou a tanto! Tenho a sensação que não desapareci. Ou desapareci? Bom, se não o fiz antes devo fazê-lo agora!

3…

Antes de me despedir com um “Boas Festas”…

2…

…quais foram as suas escolhas desta…

1…

…Fall Season?

Boas Fes………… (ligação perdida).

Alfabeto das Séries: D

Cá estou eu novamente, desta vez para falar das séries começadas pela letra D. Nesta rubrica baptizada de Alfabeto das Séries, procuro aprender um pouco mais sobre séries que não conheço e dar a conhecer novas séries aos leitores do Imagens Projectadas. Comecemos, então.

  • Doctor Who, (1963–1989, 1996, 2005– ), BBC, Parada.

doctorwhoDoctor Who é o amor da minha vida. Não me canso de falar sobre esta série, mas por uma questão de simplicidade, posso redireccionar-vos para um artigo que escrevi sobre Doctor Who num blog onde fui convidado. Com 50 anos feitos há uns dias, esta série não deixa de inovar e de me surpreender, ocupando por isso o posto de série favorita na longa lista de séries que vejo.

Classificação:
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  • Dexter, (2006–2013), Showtime, Terminada.

Dexter

Dexter é uma série sobre um analista forense especializado em padrões de dispersão de sangue que trabalha no Departamento de Polícia de Miami e nos tempos livres é também um assassino em série. Com 8 temporadas e um total de 96 episódios, Dexter começou em glória e acabou em desgraça. Há quem discorde, mas na minha opinião, Dexter teve quatro temporadas fantásticas e depois começou a piorar, terminando com um final que parece não ter agradado a ninguém. O que aconteceu com esta série foi uma pena, mas apesar da queda de qualidade, é preciso não esquecer a enorme fama que Dexter teve nos primeiros anos.

 Classificação:
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A sério … o que ver e não ver na fall season

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Bem vindos de volta nesta fall season onde tudo parece bonito mas na realidade não é. Esta vai ser a minha nova rubrica aqui no blog com um nome originalíssimo de ‘A Sério…’ seguirá o esquema habitual de dizer mal de tudo portanto podemos passar ao que interessa. Este ano tal como os últimos não prometia realmente nada de extraordinário e com a crescente força que tem ganho o cabo os investimentos nas redes principais de televisão americana tendem a procurar pequenos confortos, reciclar ideias, agarrar grandes caras e tudo o mais que lhe possa garantir a tão almejada fatia dos 18-49 para fazer entrar o dinheiro. Há algumas séries que vale a pena espreitar outras nem tanto, o cabo como sempre tende a ser mais comedido nesta altura do ano optando por usar outros períodos para lançar grandes trunfos, mas mesmo assim é a habitual lufada de ar fresco.

A Fox foi o canal que menos séries lançou este ano pelo menos até ao momento e o destaque como é óbvio vai para Sleepy Hollow. A série começou bem, apresentou uma história fantástica e tirando alguma narrativa mais incoerente rapidamente se fixou como um dos sucesso da temporada vendo a sua renovação ao fim de três episódios. O facto de estar pensada para somente 13 episódios ajudou a consolidar o caminho e portanto não é definitivamente uma série a perder de vista, sobretudo para quem gosta do sobrenatural. Por outro lado Dads teve um dos piores pilotos que vi este ano, cheio de frases feitas, clichés familiares cheios de más vibrações, o uso abusivo de piadas racistas e ofensivas. Tudo o que de mau se pode esperar de uma comédia familiar. Brooklyn 9-9 foi uma pequena surpresa mas apesar de ter mantido um nível cómico aceitável ainda está a construir o seu caminho e acredito que vá melhorar.

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Series-Gazing XXIII: Rescaldo da Fall Season 2013

Todo o adicto fervoroso de séries sabe o que é e vive intensamente esta grande época, tal qual como se fosse uma época de caça. É uma altura do ano em que uma cascata de pilotos parece cair numa pasta do nosso computador e como que se multiplica, dia após dia, com novas estreias, regressos e até finais de temporadas ou séries que nos deixam sem qualquer palavra.

Breaking Bad

Estava esta Fall Season ainda a começar e já “Breaking Bad” findava com um episódio perfeito que fez jus aos 5 anos intensos que a série viveu. Terminou no tempo certo, com a história certa e vai, com certeza, ser relembrada de uma forma bastante positiva. No reverso da medalha, temos “Dexter” que não terminou da melhor forma e parece que a Showtime teve mão nisso.

E enquanto os ícones da televisão fechavam as suas portas, outras histórias procuram ter o seu peso na guerra que é a televisão americana. E este ano, parece que as comédias não estão a ser muito constantes em termos de qualidade ao passo que os dramas estão a ganhar, ao que parece, algum terreno e alguns novos espectadores – “The Blacklist” tem feito algo para a NBC que não via há já algum tempo: ganhar um timeslot e com uma boa margem de rating face à concorrência. Quem ainda não aprendeu a lição foi a ABC que teima em programar às quintas, às 8h, e não consegue… É muito difícil perceber que “The Big Bang Theory” coloca as massas todas na CBS às 8h?

The Crazy Ones

Quanto ao resto, o meu escape de séries tem sido essencialmente pilotos e nada mais. Tenho uma série de séries para ver e o tempo não estica. Nem mesmo em Espanha! Para recuperar, encontra-se na lista “Haven” que terminou de forma excelente o seu terceiro ano; “Modern Family” que já soube que mudou de genérico mas mantém a irreverência e a loucura; “American Horror Story: Coven” que parece que está bem melhor que os dois anos que passaram; “The Crazy Ones”, a minha nova comédia favorita; e, claro, “Marvel Agents of S.H.I.E.L.D.” que também ganhou lugar especial. A ver se as temporadas, este ano, surpreendem o público – estou a falar contigo, “Once Upon a Time”, que também estás na minha lista – até porque precisamos de mais criatividade, mais factor “wow”, mais qualquer coisa que nos mantenha agarrados. O que foi novidade não pode deixar de o ser, senão, da mesma maneira que o espectador se interessa, assim ele parte para outra. A ver vamos o que nos espera este ano, pois ainda é cedo para dizer qualquer coisa. Deixemos as séries crescer e depois, ou paninhos quentes ou uma bela machadada.

Séries Para o Verão, por Jorge Nascimento

Enquanto todos estão desejosos que o Verão acabe para finalmente termos de novo no ar uma Casa dos Segredos (não mintam, sei que é o evento de TV em todo o mundo mais esperado por todos este ano) há que ter qualquer coisa, além de sol, calor, areia e mar, para se entreterem.

Como de costume, o volume de séries disponíveis durante esta época é reduzido ao mínimo essencial, mas há algumas coisas que podem ver para contrariarem esta “seca”.

Comecemos por algo cliché – “Wipeout”:
É verão, por isso claro que tinha de recomendar algo onde as pessoas levam uma porradona durante o percurso e 99% do tempo acabam a chapinhar na água ou em lama. Além disso, como não tem nada de sequencial podem ver qualquer um dos episódios, de qualquer uma das versões (US, UK, Austrália…), conforme quiserem.

Harper's Island

Mistério, gore, suspense – “Harper’s Island”:
Com apenas 13 episódios, recomendo esta série, que já é de 2009, a qualquer fã de mistério, thriller e suspense. E claro, convém não serem esquisitos com um pouco de sangue ou pessoas a ser cortadas ou desfeitas. Devido à natureza da série, também é uma boa aposta para verem acompanhados de família ou amigos e tentarem ver quem é o primeiro a acertar na pessoa responsável pelas mortes. Não é uma série sem problemas, e tem alguns mais óbvios, principalmente na recta final, mas serve o propósito de entreter e colmatar a actual falta de séries deste género na TV.

Algo novo, uma aposta numa “nova” forma de distribuição – “Orange is the New Black”
Focando-se na nova vida de prisão da personagem principal, Piper (interpretada por Taylor Schilling), esta comédia/drama mostra mais uma vez que é possível ter qualidade numa série feita directamente para um formato digital, Netflix neste caso. Tem comédia, drama, tristezas e alegrias em iguais partes e, em geral, muito boas prestações por parte de todos os envolvidos. A qualidade é indiscutível mesmo que não seja para todos os gostos.

Outras sugestões para o Verão é ver ou rever séries leves, que não envolvam grande esforço para seguir a linha da história e que possam ser vistas em bite-sizes, geralmente comédias. “How I Met Your Mother”, apesar dos problemas das temporadas mais recentes, continua a ser uma das minhas favoritas para apanhar um episódio ou outro de vez em quando. Tal como a anterior, dou o mesmo tratamento a séries como “Community”, “The Big Bang Theory”, “Happy Endings”, “Modern Family”…

Uma última sugestão de forma de aproveitarem o Verão é prepararem já a rentrée com maratonas das vossas séries preferidas. Maratonas completas desde a 1ª temporada à mais recente. Além de reavivarem memória sobre o que se passou, existe uma grande probabilidade de descobrirem coisas novas em cada episódio, sejam pequenos ou grandes detalhes.

Under the Dome

Mas com isto tudo, é claro que existem boas séries actualmente a serem transmitidas/lançadas. Aliás, de séries deste verão (ou pelo menos com uma grande parte transmitida depois do fim da temporada normal), recomendam-se as seguintes:

  • “Breaking Bad”
  • “Orange is the New Black”**
  • “Dexter”
  • “Falling Skies”*
  • “Under the Dome”
  • “Top Gear”*
  • “The Killing” (melhorou bastante, na minha opinião)

*Séries transmitidas este verão, mas cujas temporadas já terminaram. Ainda assim, recomendadas.
**Lançada na íntegra num só dia no Netflix.

Seja o que for que decidirem fazer para ocupar o vosso Verão, opções não faltam, sejam séries de qualidade ou algumas mais mazinhas apenas para serem vistas como fast-food.

Séries para o Verão, por Jorge Pontes

Devoção é, muito provavelmente, a denominação de muitos para com os argumentistas e criadores das tantas séries que nós, adictos, vemos. No fundo, cresce dentro de nós um apreço enorme pelo seu trabalho e por toda a equipa que se reúne para produzir os tantos episódios que vemos por semana.

Eu já fui, em tempos, bem mais adicto do que sou agora. No início, marcava as horas para ver televisão, à noite, quando o canal de teste da ZON tinha a FOX ou a FOX Life durante mês e meio. E quando a ZON decidiu colocar a Life no pacote mais barato, a minha vida mudou. Conheci, através do canal, toda uma mão cheia de histórias, de personagens e aprendi a compreender este grande universo.

O Verão é, das épocas da televisão americana, a mais suave e despreocupada e talvez a minha favorita. É aquela altura em que se aproveita para recarregar energias e ver as temporadas que não conseguimos apanhar no Outono ou no Inverno. Serve, também, para olhar ao baú da época de ouro da televisão e apanhar uma série e vê-la, só porque apetece. Se há tempo, mais vale aproveitá-lo da melhor forma. De facto, é uma época onde a oferta é mais baixa e dá-nos tempo para saborear cada episódio e perceber tudo aquilo que ele nos quer mostrar (e contar).

Dirty Sexy Money

“Dirty Sexy Money”, “Ugly Betty” e “Eli Stone” são 3 séries, da altura em que só via a Life (e uma ou outra série da TVI às tantas da noite) me cativaram bastante e as quais eu sugiro para esta época despreocupada. São séries pequenas (a primeira e a terceira) que se vêem bastante bem pela sua história (quase) simples e pelas personagens que facilmente cativam e nos impressionam.

ColdCase_2

Da época pós-FOX Life, para o Verão, sugiro (além das ocasionais séries de Verão) a mais recente “Da Vinci’s Demons”, “Cold Case”, “The Borgias”, “The Tudors” e “Justified”. Em relação à primeira, a sua temporada de estreia de 8 episódios vê-se em pouco mais de dois ou três dias, apesar dos episódios de quase uma hora; é uma série medianamente leve, com uma história interessante e que atinge o seu potencial (quase total) nos últimos dois episódios. As restantes quatro, são séries já com algum peso na história da televisão e que exigem o seu tempo de visualização dado que são produções que primam bastante pelos detalhes e pelos significados escondidos nas acções das personagens.

Sanctuary

“Fringe”, uma das séries da minha vida, apoia-se igualmente nos detalhes e, aliando-se a uma forte mitologia, tornam as 5 temporadas e os respectivos 100 episódios num deleite para os amantes da ficção científica. E continuando na ficção científica, “Sanctuary” marcou o meu vício como sendo uma série à maneira e que se desafiava a si própria em termos de história. 4 temporadas e 59 episódios depois, temos uma série que terminou bastante bem e com um final explosivo que em quase nada desiludiu. Duas apostas, claramente, dignas de se acompanhar nesta época de imenso calor.

A nível de reality, se o caríssimo leitor estiver interessado, aconselhava para o Verão, o “Big Brother” americano. A CBS faz questão de produzir uma nova temporada que tem sempre estreia no início de Julho e dura até meados de Setembro, altura em que começa o ciclo de Outono de “Survivor”. Não vejo o reality assim há tanto tempo mas, sendo um grande guilty pleasure, é o meu grande vício de Verão e acho que esta altura sem Brother já não é a mesma coisa.

Tantas são as produções que passaram pelos nossos ecrãs e tantas serão aquelas que ainda por aqui passarão. O que é certo é que, as 11 que vos referi neste pequeno texto acabam por ser a ponta de um grande icebergue que nem eu próprio lhe vejo o fim. Adoro séries, adoro viver naqueles 45 minutos, uma vida diferente. Seja na Fall, na Mid ou na Summer Seasons, há sempre tempo para nos voltarmos a apaixonar por uma série que já vimos ou por uma nova que decidimos ver. De uma maneira ou de outra, acabamos por construir o nosso álbum de favoritas e, mais tarde, recordamo-las com o maior apreço. Haverá melhor gratificação que essa?

Um pouco mais de verão

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O verão é tendencialmente a época do ano que eu mais gosto em relação ás séries, ao contrário da fall season que é altamente cansativa para perceber o que é bom ou mau das quantidades industriais de séries que estreiam ou regressam. Nesta época ficamos mais à vontade há menos séries e é possível ir buscar o que ficou atrasado. Depois há a vantagem das temporadas serem mais curtas e a qualidade da maioria das séries não desilude.
Vou fazer uma breve ronda pelo que tenho visto nestes últimos tempos, não são necessariamente as séries que estrearam no verão mas sim as que eu tenho visto agora,  que serve também de sugestão para quem não sabe o que ver. Naturalmente a maioria das sugestões são do cabo como seria de esperar mas este ano os canais abertos até apostaram um pouco mais do que o habitual embora a qualidade comparativamente ao cabo seja de lamentar. A seguir ao salto.

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The Revenge of The Big C in the City, during Summer!

Confesso que neste último mês, desde a minha última contribuição para o blog não andei muito atenta a séries no sentido de ver coisas novas. Contudo, nos intervalos da escrita da dissertação e de outras tarefas menos agradáveis, terminei The Big C e comecei a ver Revenge. Tenho estado a rever também Sexo e a Cidade para descontrair um pouco.

A primeira, The Big C, conheceu o seu final no passado dia 20 de Maio. Teve direito a  uma última temporada, após ter sido cancelada pela Showtime. O final foi previsível conhecendo a premissa inicial – uma professora, Cathy, a quem é diagnosticado um cancro – mas mesmo assim foi muito interessante e emocionante conhecer a viagem de Cathy desde o momento em que tem conhecimento que está doente, como lida com a doença, e o impacto que esta tem nas suas relações familiares, mudando a sua forma de estar na vida e os seus hábitos. Cathy reaprende a viver, definindo as suas metas, com novas ambições (sem enveredar pelo mundo do crime. Looking at you, Walter White). A certa altura, Cathy decide que quer pôr fim ao jogo contra a Morte, não aceitando fazer mais tratamentos e assim começando a despedir-se da vida e de quem a rodeia. Dentro da previsibilidade, a série ensina-nos muito as relações humanas, sobre medos e ambições, e a forma como lidamos não só com a morte mas também com a vida. Por vezes também é preciso coragem para enfrentar a vida, como ela é: cheia de contratempos, surpresas. Embora o seu tema possa ser um pouco “pesado” (conforme o ponto de vista) “The Big C”  não deixa de ter momentos muito engraçados. Recomendo a série.

Outra série que comecei a ver foi Revenge. Gostei da premissa da série, de inspiração literária – “O Conde de Monte Cristo” de Alexandre Dumas. Emily Thorne (Emily VanCamp) chega aos Hamptons (onde os ricalhaços têm as suas mansões) e aluga uma casa ao lado da família Grayson para passar o Verão. Na realidade, Emily é Amanda Clarke, cujo pai foi acusado de um crime que não cometeu e enviado para a prisão, sendo mais tarde assassinado. Emily/Amanda quer agora vingar-se e destronar todos aqueles que contribuíram para o aprisionamento do seu pai, especialmente a família Grayson. Com um enredo promissor, a 1º temporada foi boa, gostei da forma como história foi construída, com twists e revelações interessantes.  Não é uma série pesada nem maçuda, entreteve bem. Tem uma vertente novelesca, com tudo isso que acarreta. Por vezes até a menos boa representação de alguns atores do elenco. Mas a 2º temporada tornou-se chata. Eu ainda nem terminei e já estou um pouco farta para dizer a verdade.  Ao mesmo tempo que quiseram desenvolver algumas das personagens e histórias, a série perdeu algum interesse sendo que muitas histórias estão demasiado rebuscadas. Ainda vou terminar a série e depois logo se vê se irei acompanhar a nova temporada a começar em Setembro.

Aí quase por estrear, dia 30 de Junho, está Dexter. Estou curiosa para ver o que trará nova e final temporada! Promete ser de arromba e esperemos que assim seja. Talvez na minha próxima crónica escreva sobre as minhas impressões em relação à temporada.

Foi notícia esta semana que James Gandolfini, mais conhecido pela sua interpretação de Tony Soprano da aclamada série Os Sopranos, faleceu. Nunca ter visto Sopranos é realmente um grande erro meu, enquanto espetadora de séries de televisão. Ooops! Por isso, infelizmente nas piores circunstâncias, vou começar a ver Os Sopranos em breve. Apesar de já ter lido/ouvido falar que é muito boa (e do seu controverso final) não sei bem o que esperar. Espero gostar para assim compreender a mística à volta da série.

E não, ainda não desisti de ver West Wing, The Killing, Justified, entre tantaaaas outras. Agora que estou praticamente (quase) despachada da tese de mestrado posso mergulhar no mundo da séries e no mar quando for à praia. sem sentir-me culpada!! Por isso, logo a seguir a Sopranos (se a coisa correr bem), verei essas séries ou parte delas.

Se tiverem alguma recomendação, não hesitem a tweetar-me!

Até breve.

Series-Gazing XXII: As Coisas Boas do Verão!

A temporada 2012/2013 há muito que terminou e eu sinto-me algo aliviado porque a carga “serial” que tinha era bastante e, quando vem o Verão, parece que uma brisa fresca se abate sobre o meu computador e ele, de súbito fica mais leve e carinhoso para mim (e, frise-se, bem mais rápido). 

Se o leitor bem conhece esta época, estão aí a chegar os guilty-pleasures que nos fazem felizes e contentes numa época já de si, de imensa alegria para quem está de férias e de alguma ânsia e expectativa para quem as vai gozar. E o sinal de que a Summer Season começou é quando “True Blood” começa… Não, estou a brincar. Obivamente que não é quando esta coisa a que dizem chamar série começa… É ali na transição do 31 de Maio para o 1 de Junho. Voltamos a ser as crianças que, nos idos anos da nossa adolescência, nos ríamos com os programas de entretenimento fácil e descomprometido (vulgo, desenhos animados) para crescermos a pouco e pouco e sermos uns homens e umas mulheres de armas prontos a enfrentar mais uma abertura de barragens e a consequente leva de séries prontas a estrear na rentrée.

Covert Affairs

Para este Verão não tenho muito reservado. Assim ao primeiro pensamento salta-me “Covert Affairs”, “Suits”, “Breaking Bad” e o meu tão adorado “Big Brother”. Depois, é recuperar as temporadas que entretanto ficaram para trás como por exemplo, “Chosen”, a T4 de “The Good Wife”, as duas temporadas finais de “Dexter”, “Vikings”, “The Americans” e mais uma ou outra que agora não vos consigo falar. E não, “True Blood”, não parece fazer parte deste rol de séries e muito menos “White Collar”. A primeira porque já perdeu toda a graça e os episódios mais parecem um show de tensão sexual do qual me fartei e enjoei. E a segunda porque desde que resolveu a sua mitologia e o que veio depois não foi tão forte assim, acabou por me fartar e deixá-la de parte. Ah, e ainda não me esqueci de “Royal Pains” que, mal ou bem, acaba sempre por me deixar curioso e acabo sempre por voltar aos Hamptons para mais um Verão de casos médicos… e tenho a benece de que esta temporada 5 (e a que vem depois) são curtinhas.

Recuperar o fôlego e despreocupação são as palavras de ordem para este Verão, pelos menos para os adictos em televisão que ainda não ultrapassaram o trauma do “Red Wedding” e estão a salivar para que a próxima Primavera venha. Perguntam-me muitas vezes porque é que eu gosto de ver séries ou mesmo até porque vejo tantas… Tanto tempo depois parece que ainda não tenho resposta para esta pergunta, porque viver a vida dos outros, pelo menos aquela que vemos, parece bem mais correcto do que vivermos a vida do nosso visinho do lado e em vez de nos preocuparmos com os defeitos dele, arranjamos sempre maneira de nos identificar com a história que estamos a viver e apesar de tudo um pouco irreal (porque é o que acaba por ser), arranjamos sempre maneira de retirar o sumo daquela história e a mensagem que os argumentistas procuram dar-nos e revolucionar um pouco da nossa vida, mais não seja, um segundo do nosso dia, todos os dias.

Codename: Desenvolvimentos

Então, este fim-de-semana tive a oportunidade de tirar algumas horas (mais do que algumas, vá) para pôr as minhas séries em dia. E foi um fim-de-semana que rendeu muito bem, uma vez que consegui pôr 12 séries em dia, por isso, mesmo que não quisesse, tinha muito para falar nesta crónica. Não me vou centrar numa só série, em vez disso, vou falar um pouco de todas..

Começo então por Fringe. Ahh, vou ter tantas saudades de Fringe. Antes de mais, não posso – e não vou – retirar o que disse sobre Fringe: continuo plenamente consciente que esta última temporada não se desenvolveu da melhor maneira, tornando-se mesmo aborrecida. No entanto, os últimos episódios melhoraram e fizeram-me lembrar porque é que eu gosto tanto desta série. O final foi apropriado e o último episódio esteve cheio de referências às temporadas anteriores. Aquilo que mais me agradou foi a avalanche de diferentes fringe events causados pelo grupo. Sei que há gente que ainda não viu o final, por isso não quero entrar em grandes pormenores – tenho sempre medo de escrever aqui, uma vez que odeio quando leio spoilers sem querer e não quero causar o mesmo “ódio” a outras pessoas.

Outra série que acabou (embora não definitivamente) foi Homeland. E que final explosivo (sim, eu tinha que fazer esta piada ridícula). Se a série fosse um desastre de audiências – o que não é, antes pelo contrário, – o nono episódio funcionaria muito bem como uma conclusão. Por uns momentos, cheguei a duvidar do rumo que a 3.ª temporada tomaria, mas depois do décimo episódio não duvido da série. E não duvido que vai ser épico. Se na primeira temporada a Claire era a única que “não acreditava” no Brody, na próxima temporada, ela vai ser a única que acredita nele. Gosto desta diferença e sei que a terceira temporada não vai desiludir. Não pode.

Arrow foi outra das séries que tive a oportunidade para pôr em dia. Não estou dentro da história das BDs, mas a adição do Dark Archer foi muito boa, principalmente depois de sabermos quem ele verdadeiramente é. The Big Bang Theory continua uma série pouco engraçada, sem muitas surpresas. Por outro lado, Person of Interest surpreendeu-me muito nestes últimos episódios, com uma reviravolta óptima. A série canadiana Primeval: New World está finalmente a entrar nos eixos (espero eu), com muitas referências à série original britânica e com uma participação especial surpreendente do Colin Ferguson (sim, o Jack Carter de Eureka faz o papel de um geek nesta série – quem diria?).

Finalmente, temos Last Resort, que até posso dizer que me surpreendeu – mais uma vez, quem diria? Esta série teve um início espectacular, uma parte intermédia muito chata, e um final quase tão bom como o início. Dou relevo ao episódio “Cinderella Liberty”, o episódio em que os paquistaneses atacam o navio com os familiares dos militares nas ilhas. É uma pena que a série tenha “estragado”, e é uma pena que tanta coisa tenha sido “enfiada” nos últimos minutos do último episódio, mas preferi desta maneira em vez que nos espetarem com um final sem conclusão ou terem a série a prolongar-se sem evolução indefinidamente.

Neste momento, estou quase sem séries para ver, e embora me queira dedicar um bocado aos filmes, já estou a matutar em algumas séries novas… Na próxima crónica há novidades. Até lá, então!