Séries para o Verão, por Sara Ribeiro

Chega o Verão, para muitos sinónimo de silly season. As séries páram e para muitos são alguns meses de vazio completo.
Mas o Verão é tempo de festas, de descanso, de jantaradas, de animação e, talvez, de férias. E de pôr a conversa e o tempo em dia. Nesse aspecto, costuma haver um elemento essencial: os amigos. Os amigos podem ser o tempero de muitos Verões, por si só com sabor a sol e sal.

E sendo os amigos um condimento da vida, nada melhor do que dedicar o verão a ver a série que mais tempo de antena lhes dedicou, Friends.

Não se deixem enganar. Apesar de ter estreado em 1994, a série continua actual. Ao longo de 10 temporadas, a série conseguiu explorar a vida de jovens que tentam vingar na cidade que nunca dorme, muito antes de termos a Alicia Keys aos berros a guinchar “New York”. Cada episódio mostrava peripécias a nível pessoal e profissional de 6 jovens adultos que se tornaram amigos, com muitos gag’s, gargalhadas e lágrimas ocasionais à mistura.

Apesar de existirem 6 personagens principais, considero injusto não incluir uma personagem vital neste leque, que embora não seja humana, constituía o elo de ligação e a origem da série: o Central Perk.

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Boudoir XXX #04 – The truth is out there

Acabei de ler As Intermitências da Morte. Não, não me encontro confusa em relação ao teor desta crónica. Sei que este espaço está consagrado a outro género, esse das séries. Mas esta minha primeira afirmação servirá de mote para toda a construção que se seguirá, não fosse o caso de séries e literatura por vezes andarem de mãos dadas, qual casal mais ou menos apaixonado.

A morte é um tema, um pensamento, uma realidade que convive a par e passo, não digo tal sombra pois essa desaparece quando a luz também cessa, com os homens. E tal como existem diversos tipos de morte, também existem diversos tipos de reacção à mesma.

Imbuídos na curiosidade que a investigação criminal suscita e de todo o aparato, mais ou menos mediático, o género tornou-se popular na caixinha mágica. E se atingiu o zénite com o CSI, este veio abrir portas e democratizar o género. Actualmente existe uma miríade de séries sobre esse tema, algumas mais bem-sucedidas que outras.

É então que, daquele pequeno país das sereias, lá do norte do Velho Continente surge Forbrydelsen.

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Boudoir XXX #02 – Casa que não é ralhada, não é bem governada

Casa. A casa desempenha um papel importante para a maioria das pessoas. É o abrigo, o local onde se estabelecem raízes, um porto seguro. O ventre materno, a origem, etc.

No entanto muitas pessoas, por diversas razões, não tem uma residência fixa e estabelecem-se em vários locais, os mesmos que se vão tornar as suas casas. Daí aquela frase do “Home is where your heart is”.

Desse modo, e na lista de “casas pouco convencionais”, surgem-nos as pensões, os hotéis. E a vida num hotel pode originar peripécias engraçadas. Que o diga Fawlty Towers.

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As Séries e a Música #4 – Revenge

Parece que volto ao tema sobre o qual iniciei a minha participação neste espaço. Falo-vos agora de Revenge. Pois, façam lá cara esquisita, então. Sim, esta série não é uma obra de arte. Mas eu vejo séries para me distrair, e não por obrigação. Ao menos, sou honesta.

Como o nome indica, é a história de uma vingança. Emily Thorne (protagonizada pela Emily VanCamp), que na realidade é Amanda Clarke, quer vingar o nome do pai, uma vez que este foi injustamente acusado de crime. Pois, isto é mesmo uma telenovela. Só sei que de semana para semana, quero sempre saber mais. Quando comecei a ver esta série, ela já levava algum avanço… e os primeiros episódios não me convenceram. Até chegar ao sexto ou sétimo episódio que me deixou de boca aberta. Agora tenho curiosidade em saber se a Emily leva a dela a avante (ah e quero ver se em algum episódio a Madeleine Stowe consegue ter uma expressão diferente). Não consigo explicar, mas é de facto viciante. É um guilty pleasure, sem dúvida.

Nesta série é também recorrente passar boa música. Nomes como Wye Oak, M83, Angus & Julia Stone, Washed Out e Twin Shadow já passaram em alguns episódios. São nomes que oiço com alguma regularidade. Já não via uma telenovela há muitos anos, parece que encontrei uma. Enquanto me despertar interesse, de semana para semana, continuarei a ver.