Series-Gazing XXIII: Rescaldo da Fall Season 2013

Todo o adicto fervoroso de séries sabe o que é e vive intensamente esta grande época, tal qual como se fosse uma época de caça. É uma altura do ano em que uma cascata de pilotos parece cair numa pasta do nosso computador e como que se multiplica, dia após dia, com novas estreias, regressos e até finais de temporadas ou séries que nos deixam sem qualquer palavra.

Breaking Bad

Estava esta Fall Season ainda a começar e já “Breaking Bad” findava com um episódio perfeito que fez jus aos 5 anos intensos que a série viveu. Terminou no tempo certo, com a história certa e vai, com certeza, ser relembrada de uma forma bastante positiva. No reverso da medalha, temos “Dexter” que não terminou da melhor forma e parece que a Showtime teve mão nisso.

E enquanto os ícones da televisão fechavam as suas portas, outras histórias procuram ter o seu peso na guerra que é a televisão americana. E este ano, parece que as comédias não estão a ser muito constantes em termos de qualidade ao passo que os dramas estão a ganhar, ao que parece, algum terreno e alguns novos espectadores – “The Blacklist” tem feito algo para a NBC que não via há já algum tempo: ganhar um timeslot e com uma boa margem de rating face à concorrência. Quem ainda não aprendeu a lição foi a ABC que teima em programar às quintas, às 8h, e não consegue… É muito difícil perceber que “The Big Bang Theory” coloca as massas todas na CBS às 8h?

The Crazy Ones

Quanto ao resto, o meu escape de séries tem sido essencialmente pilotos e nada mais. Tenho uma série de séries para ver e o tempo não estica. Nem mesmo em Espanha! Para recuperar, encontra-se na lista “Haven” que terminou de forma excelente o seu terceiro ano; “Modern Family” que já soube que mudou de genérico mas mantém a irreverência e a loucura; “American Horror Story: Coven” que parece que está bem melhor que os dois anos que passaram; “The Crazy Ones”, a minha nova comédia favorita; e, claro, “Marvel Agents of S.H.I.E.L.D.” que também ganhou lugar especial. A ver se as temporadas, este ano, surpreendem o público – estou a falar contigo, “Once Upon a Time”, que também estás na minha lista – até porque precisamos de mais criatividade, mais factor “wow”, mais qualquer coisa que nos mantenha agarrados. O que foi novidade não pode deixar de o ser, senão, da mesma maneira que o espectador se interessa, assim ele parte para outra. A ver vamos o que nos espera este ano, pois ainda é cedo para dizer qualquer coisa. Deixemos as séries crescer e depois, ou paninhos quentes ou uma bela machadada.

Series-Gazing XXII: As Coisas Boas do Verão!

A temporada 2012/2013 há muito que terminou e eu sinto-me algo aliviado porque a carga “serial” que tinha era bastante e, quando vem o Verão, parece que uma brisa fresca se abate sobre o meu computador e ele, de súbito fica mais leve e carinhoso para mim (e, frise-se, bem mais rápido). 

Se o leitor bem conhece esta época, estão aí a chegar os guilty-pleasures que nos fazem felizes e contentes numa época já de si, de imensa alegria para quem está de férias e de alguma ânsia e expectativa para quem as vai gozar. E o sinal de que a Summer Season começou é quando “True Blood” começa… Não, estou a brincar. Obivamente que não é quando esta coisa a que dizem chamar série começa… É ali na transição do 31 de Maio para o 1 de Junho. Voltamos a ser as crianças que, nos idos anos da nossa adolescência, nos ríamos com os programas de entretenimento fácil e descomprometido (vulgo, desenhos animados) para crescermos a pouco e pouco e sermos uns homens e umas mulheres de armas prontos a enfrentar mais uma abertura de barragens e a consequente leva de séries prontas a estrear na rentrée.

Covert Affairs

Para este Verão não tenho muito reservado. Assim ao primeiro pensamento salta-me “Covert Affairs”, “Suits”, “Breaking Bad” e o meu tão adorado “Big Brother”. Depois, é recuperar as temporadas que entretanto ficaram para trás como por exemplo, “Chosen”, a T4 de “The Good Wife”, as duas temporadas finais de “Dexter”, “Vikings”, “The Americans” e mais uma ou outra que agora não vos consigo falar. E não, “True Blood”, não parece fazer parte deste rol de séries e muito menos “White Collar”. A primeira porque já perdeu toda a graça e os episódios mais parecem um show de tensão sexual do qual me fartei e enjoei. E a segunda porque desde que resolveu a sua mitologia e o que veio depois não foi tão forte assim, acabou por me fartar e deixá-la de parte. Ah, e ainda não me esqueci de “Royal Pains” que, mal ou bem, acaba sempre por me deixar curioso e acabo sempre por voltar aos Hamptons para mais um Verão de casos médicos… e tenho a benece de que esta temporada 5 (e a que vem depois) são curtinhas.

Recuperar o fôlego e despreocupação são as palavras de ordem para este Verão, pelos menos para os adictos em televisão que ainda não ultrapassaram o trauma do “Red Wedding” e estão a salivar para que a próxima Primavera venha. Perguntam-me muitas vezes porque é que eu gosto de ver séries ou mesmo até porque vejo tantas… Tanto tempo depois parece que ainda não tenho resposta para esta pergunta, porque viver a vida dos outros, pelo menos aquela que vemos, parece bem mais correcto do que vivermos a vida do nosso visinho do lado e em vez de nos preocuparmos com os defeitos dele, arranjamos sempre maneira de nos identificar com a história que estamos a viver e apesar de tudo um pouco irreal (porque é o que acaba por ser), arranjamos sempre maneira de retirar o sumo daquela história e a mensagem que os argumentistas procuram dar-nos e revolucionar um pouco da nossa vida, mais não seja, um segundo do nosso dia, todos os dias.

Series-Gazing XXI: Uma Guerra pelo Trono do Tempo

O tempo é um problema que tem vindo a crescer tal como um fungo. A expressão “não tenho tempo para…” é muito usada por nós para mostrar o nosso desespero por querer fazer algo e não conseguir, e, dada a constante e cada vez maior exigência desta nossa vida, esta desculpa é cada vez mais frequente. Se dantes via uma mão cheia de séries semanais, agora reduzo-me a uma ou duas… E a desculpa que tenho? A mesma com que iniciei este mesmo texto.

O caro leitor bem sabe da minha paixão por “Fringe”. É claro que, depois de 5 anos com a série, dificilmente se esquecerá todos os pequenos pormenores com os quais nos maravilhámos ao longo dos 100 episódios. No entanto, actualmente, há uma outra série que se sobressai não só pelos cenários e pelos belíssimos efeitos especiais como pelas personagens que, apesar de estarem sempre em perigo de desaparecerem na cena seguinte, têm aquele toque humano que nos faz apegar tanto à sua personalidade como à sua história. Falo de “Game of Thrones”.

Game of Thrones 3x03 (1)

A transpoisção de uma das maiores sagas literárias para a televisão tem dado grandes alegrias não só aos fãs como ao canal que a exibe, a HBO. No lado dos fãs, a intensidade com que a história é contada leva a diversos comentários no facebook ou mesmo até críticas completas nos mais diversos sites e blogues cujo tema base são as séries e, por outro, temos o canal a alegrar-se por a série continuar a dar excelentes resultados. Em jeito de curiosidade, foi no passado domingo que a série registou o máximo de toda a série: 2.6 de rating e 4.87 milhões de espectadores. E só vejo estes valores subirem no decorrer dos próximos episódios. Ou, senão, na próxima temporada.

No outro dia perguntavam-me a razão de toda a gente ficar doida quando começa o genérico de “Game of Thrones”. Sendo eu uma dessas pessoas [que fica meio louco quando a música e o genérico começam a dar] respondi que a melodia aliada aos locais que visitaremos no episódio, deixam-me com aquela água na boca de ver o que vai acontecer e imaginar todo o plot daí para a frente. Apesar de a série ainda pecar por nos querer dar uma mão cheia de histórias em pouco mais de 50 minutos, tal não é impeditivo de se perceber o que se passa, de prever o que se vai passar ou mesmo de ficar expectante pelo próximo, tal como estou neste momento depois do grande final do episódio passado, “And Now His Watch Is Ended”.

Numa altura em que o tempo que tenho é quase mínimo, contar com “Game of Thrones” na carteira, todas as segundas-feiras, permite-me ter o escape necessário para enfrentar uma semana de trabalhos, de apresentações, de aulas chatas e de outros tantos problemas que tendem a tirar-me do sério e a testar a minha paciência. Tenho a certeza, nesta hora que passo com a série, que a minha imaginação voa para Westeros e estou ali, mesmo no centro da acção. E se há coisa mais bela em ser seriófilo, é este prazer que se obtém depois de ver qualquer coisa; uma espécie de sentimento inexplicável em que se sabe que a hora não foi desperdiçada, mais não seja para fugirmos deste nosso mundo real por uns momentos e repensar em toda a nossa estratégia. Da forma como as coisas estão, a vida exigir-nos-á cada vez mais de nós, exigirá cada vez mais do nosso tempo e, por isso, é importante um pequeno escape de vez em quando, até porque a nossa sanidade mental depende disso, não concorda?

Series-Gazing XVI

Qualquer adicto de televisão, tem uma lista de séries. Séries que já viu, que quer ver, que vai ver, que espera ver… enfim, n nomes e inúmeras categorias que ajudam a ter a vida um pouco mais organizada.

Deparei-me, mais uma vez, este ano, a olhar para a lista das séries que vão estrear e que regressam e não pude deixar de seleccionar algumas que não me podem escapar e outras que, simplesmente, serão vistas só no Verão. E duas destacam-se, claramente, pelas piores razões: “The Big Bang Theory” e “How I Met Your Mother”.

A primeira, que em tempos já me fez rir a bandeiras despregadas, é, hoje, uma série que não passa do razoável nem sai muito da sua zona de conforto. É uma espécie de “Two and a Half Men” versão geek. E isso já me começa a chatear porque não vejo uma linha narrativa que me deixe agarrado durante os 24 episódios que compõem a temporada. É certo que, quando a série começou, até mais ou menos à terceira temporada, o conceito inovador e as piadas mais intelectuais eram motivadores o suficiente para querer saber o que viria após qualquer acontecimento. Hoje em dia, estes conceitos perderam a graça que, há anos, os fizeram vingar na televisão… “The Big Bang Theory” regressou para o seu sexto ano e eu, simplesmente, não a quero ver. Não agora. As expectativas estão baixíssimas, como já referi noutro artigo, e só a verei se estiver, realmente, muito desesperado.

“How I Met Your Mother” dispensa qualquer tipo de apresentação. E tal como a série que acima referi, quando estreou, o seu conceito era diferente ao ponto de me deixar interessado em todo o mistério e continuar a ver. Seis temporadas depois pergunto-me o que é que aconteceu à série para se ter deixado cair neste abismo sem graça, sem interesse e cujo único objectivo é fazer dinheiro no canal que é exibido. A história era boa, as aventuras melhores ainda, as pistas que nos iam deixando em alguns episódios mantinham-nos motivados… tudo isto se perdeu há já três temporadas. Tal como “The Big Bang Theory”, as expectativas para a história de Ted estão baixíssimas porque eu já nem acredito que vão dizer quem é a Mãe… o mistério permancerá e estes 7 anos de história não serviram para rigorosamente nada.

O caro leitor pode achar que estou aqui a expressar um ódio por estas séries. Muito pelo contrário, elas até são minhas favoritas. Mas pelo facto de terem caído na desgraça de serem mais do mesmo e nunca saírem da sua zona de conforto, faz delas séries meramente razoáveis. E, actualmente, quando o tempo é tão curto e há tantos outros produtos melhores, o meramente razoável não é suficiente.

Series-Gazing XIII

De entre as muitas séries que passam pelo meu computador, há duas que teimam em não dizer adeus aos meus favoritos: Nikita e The Vampire Diaries. Sei que são ambas da CW, sei que uma é excelente e a outra podia ser descartada e sei, também, que não devia dizer que gosto de ver os vampiros… Mas sabendo tudo isto, eu continuo a ver e a adorar e a voltar, todos os Outonos, e a dar em louco com mais um Original que mata a sangue frio ou uma bombinha que faz um grande boom.

Nikita estreou há dois anos com o rótulo de remake do remake. Ela própria é um remake de um remake de um filme de nome “La Femme Nikita” e se, na primeira temporada, a série mostrou-nos um estilo completamente diferente daquele que a CW, todos os dias, nos apresenta, a segunda temporada voltou ainda mais explosiva que a anterior e com um objectivo e uma linha narrativa bastante segura e que me levou aos berros em alguns episódios.

Nikita pode ter muito Maggie Q em trajes menores, corridas em sapato alto ou pontapés fortíssimos que deixam o inimigo no chão mas, o que mais interessa na série, é que durante 40 minutos (e em 720p), Nikita leva-nos pelo mundo da política da estratégia como se tudo fosse um jogo de xadrez. E apesar de tudo, a série entretém e cumpre aquilo a que se tinha proposto desde a sua estreia: ser diferente e causar uma marca nas séries de acção que tanto teimam em não aparecer senão mascaradas por procedurals.

Já The Vampire Diaries, num extremo oposto ao de Nikita, tem muitos vampiros e lobisomens e híbridos e pode até ter muito mel entre Elena e os irmãos Salvatore mas, tal como Nikita, a série ganha a nível de história. Diaries consegue ser drama, consegue ser procedural, consegue ser mind-blowing e, ainda assim, tem pano para mangas para mais uma mão cheia de temporadas. Tudo aquilo que vimos até ao final da terceira temporada está maravilhosamente bem criado e bem feito tanto que se ocorre algo de importante, uma série de eventos em cadeia se sucede e o espectador fica “perdido” com a loucura e a rapidez e a forma como tudo se passa. Não posso dizer que Diaries é um dos melhores dramas que se encontra em exibição mas posso garantir que tudo aquilo que já se passou é uma bela aventura de se acompanhar.

The CW é, de facto, um canal que peca pelas suas escolhas. O leitor não poderá negar que o “fenómeno” Gossip Girl já acabou há muito e que o remake de 90210 já deu tudo o que tinha a dar. Mas, de uma névoa tão negra que cobre o canal, Nikita e The Vampire Diaries renascem como os dois melhores dramas que este tem e os seus melhores trunfos porque não há canal capaz de se aventurar em duas histórias que podem parecer vazias mas que ainda tem muito para dar e cuja qualidade não deveria ser questionada.

Uma série não é feita só pelos actores e actrizes ou pelas audiências. É feita, também, pela história que, a todas as semanas, é capaz de apaixonar, de fazer sofrer ou até de maravilhar o espectador. Diaries e Nikita distinguem-se e não são todas as séries que o fazem.

Series-Gazing XII

Não fosse eu um viciado (assumido) em séries, descobri este fim-de-semana as Original SoundTracks de Fringe e de Game of Thrones, com uma pequenina ajuda do António. O que é certo é que ainda não parei de as ouvir, especialmente a de Fringe, e pareço estar parado no segmento bónus que figura no episódio 2×19, “Brown Betty”.

Se há série que adore, apesar dos seus erros, é Fringe. Por mais que tente inovar, por mais que me tente iludir ou enganar, não consigo esperar pelo episódio seguinte porque, no fundo, quero ver até onde isto chega e a curiosidade é imensa. E estando a notícia da sua renovação cada vez mais perto, começo já a sentir aquela pequena nostalgia de que uma outrora grande série vai dizer adeus e não vai estar aqui, no meu computador, todas as semanas para a ver e consumir e analisar e maravilhar. É uma pena, mas tem de ser assim. Antes com uma quinta temporada que com uma quarta mal resolvida.

Passando um pouco os olhos, de novo, sobre as OST, a de Fringe conta com uma belíssima orquestra que dá vida às músicas tão características que polvilham os já quase 88 episódios. E não escondo, mais uma vez, a nostalgia quando oiço as cordas, que quase aparentam estar a chorar, em músicas mais lentas e mais introspectivas.

Por outro lado, se em Fringe as músicas têm, muitas vezes, uma carga muito densa de introspecção, as de Game of Thrones são o oposto. De facto, estas últimas mostram algo feroz, algo, que está à nossa frente, pronto a trucidar-nos de tal intensidade que têm.

Ambas as OST possuem características muito interessantes porque, de facto, ao ouvirmos as músicas parece que certas imagens dos episódios passam de relance e revivemos tudo aquilo que outrora experienciámos de uma maneira diferente.

Uma série não é só feita de personagens e de história. Como tenho tentado dizer ao longo desta edição, que é diferente de todas as outras, é que a música suporta muito o peso das cenas e o dramatismo que se vive e, sem ela, as séries seriam algo vazio como que estrelas no céu sem brilho. E posso dizer que se Fringe e Game of Thrones já eram as minhas favoritas, com as OST, a minha opinião sobre elas ficou ainda mais cimentada.

Series-Gazing XI

A dois dias do regresso de Fringe, não posso esconder o meu encantamento sobre a série. Por mais paradoxos que tenha arranjado, por mais meloso que seja o amor entre Olivia e Peter, por mais incongruentes que, por vezes, algumas explicações e episódios dedicados a personagens (por exemplo, o de Astrid), Fringe sempre arranjou uma maneira de me fazer feliz, de me deixar contente com aquilo que mostra todos os sábados de manhã, quando me coloco bem quentinho na cama, a ver os novos 45 minutos e passear por entre a ficção científica e todas as infinitas hipóteses de casos estranhos, de explicações científicas, de momentos bizarros.

Numa outra vertente, aparecem-me duas comédias muito diferentes entre si mas igualmente interessantes: 2 Broke Girls e Parks and Recreation.

Note to myself: Não esquecer de pedir ao António Guerra de me trucidar por ainda não ter pegado em Community nem em Justified.

A primeira, acabada de nascer na CBS, é, sem dúvida, um guilty pleasure. O leitor que está atento às minhas palavras poderá concordar comigo quando refiro que 2 Broke Girls promete ser uma versão feminina de Two and a Half Men… só que na comédia das meninas bonitas não temos um puto que, depois de 9 temporadas, já não tem um papel decente e muito menos cómico. E muito embora as histórias que nos são apresentadas em cada episódio sejam recheadas de clichés e de pequenas coisas que nos fazem dizer “Onde raio é que já vi isto?!” eu acabo sempre por voltar a espreitar o novo episódio. E não sendo eu sadomasoquista nem nada do que se pareça, 2 Broke Girls coloca-se numa posição invejada por muitos: colocar, no mesmo espaço, duas raparigas giras que, uma ou outra vez, dizem umas piadas taradas que ajudam a cativar a audiência e, lá pelo meio, tenho um lead-in interessante (aka HIMYM) que as ajuda a crescer e a vingar no horário de segunda.

E se de um lado temos 2 Broke Girls, no extremo oposto temos Parks and Recreation que, fazendo jus ao seu nome, se coloca na frente de todas as comédias e destaca-se como sendo a melhor. A melhor, em todos os sentidos. Personagens com um je ne sais quoi que mantém o espectador interessado desde o primeiro minuto, histórias que o espectador nunca pensaria e que, tendo melhor ou o pior resolução, acabam sempre por satisfazer e, por último, uma Amy Poehler que juntamente com o argumento e a evolução da história concedem a dignificação que acima referi. Simplesmente vejam a série. Não se arrependem.

E, por último mas não menos importante, surge The River que, com uma temporada muito pequena de 8 episódios terminou a sua aventura ontem à noite na ABC. Certamente será cancelada mas não poderei dizer que não foi um produto interessante de se acompanhar. Nunca fui muito fã de terror mas sou acusado de pisar o risco e acabo por me lixar… No entanto, no fim, a sensação é sempre boa e por mais saltos ou gritos que dê, geralmente, fico pouco desiludido com o terror (talvez por ter baixas expectativas). The River podia ter sido mais competente mas, no fim, o saldo é positivo: uma história razoavelmente interessante que nos leva até ao fim do episódio e saber o que realmente se passa ali, personagens que podiam ser melhor construídas mas as que interessam realmente seguram a série e um arco que, por mais cliché que possa parecer, é praticamente impossível não querer saber como tudo acabará.

Das séries que vos falei na edição de hoje, só uma está garantida na próxima Fall Season: 2 Broke Girls. O meu desejo continua a ser o mesmo: renovação de Fringe para uma temporada final de 13 episódios, renovação de Parks para uma temporada de 16 episódios e, embora me custe por causa do cliffhanger, o cancelamento de The River. Estamos muito perto de saber os veredictos. Quem sairá renovado? E cancelado? É só esperar mais uns dias, sentado, e depois aí falaremos melhor. Até lá, especulemos.

Series-Gazing X

Mais que um vício, ver séries tornou-se numa das melhores coisas que faço no meu dia-a-dia, não deixando de parte, claramente, todo aquele mundo maravilhoso que se esconde lá fora no meio da multidão corrupta e na rotina dos afazeres que (quase) nada contribuem para a felicidade última que ousamos atingir.

Se há citação que não consigo parar de pensar, dita por uma amiga minha há tempo atrás, ver séries é viver a vida de alguém. Viver uma vida que, em qualquer parte da nossa existência, sonhámos atingir. Viver uma vida que é, claramente, melhor que a nossa. E, de facto, várias outras citações têm surgido na minha vida sobre este incontornável (e, por vezes, incontrolável) vício de ver qualquer coisa para me abstrair da sociedade.

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Series-Gazing IV

Depois de uma semana bastante intensa lá para os lados da América, o Series-Gazing volta com a sua quarta edição para avaliar, de uma forma bastante simplista, quem estará de regresso na próxima temporada e algumas das estreias que marcarão o próximo Outono. Preparados para mais uma viagem? Vamos lá, então.

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Series-Gazing III

A terceira edição do Series-Gazing está de volta ao Imagens Projectadas para dar destaque a duas séries interessantíssimas do canal ABC.

Ora, nem tudo o que a ABC faz é bom. Nem tudo o que a ABC faz é um grande sucesso, já há alguns anos. Há histórias com potencial que são mal aproveitadas, há outras que, numa primeira temporada, são fantásticas e, nos episódios seguintes caem para uma categoria de razoavelmente bons, há outras que convencem pouco mas que se aguentam e há, pois, os guilty pleasures.

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