Camões Lunático #9 – Biscoitos ou castanhas?

Por esta altura do ano, a dois meses do fim de 2013, o Camões já mais do que endoideceu. Sem falar no fantástico que é o Orçamento do Estado para 2014, e ficando pela área da literatura televisiva, o nosso Camões já navegou por entre tempestades de comboios que descarrilam até respostas super acertadas na nova edição do tradicional Quem Quer Ser Milionário, desta vez com uma boca alargada, digo com a Manuela Moura Guedes.

Em vez de vir aqui escrever sobre séries, o Camões desta edição quer falar sobre outras coisas. Podemos começar pela Dra. Manuela Moura Guedes – se é Doutora ou não, não sei, mas com o conhecimento que já demonstrou no programa, merece mais do que uma mera equivalência – e com o programa para o qual foi convidada enquanto apresentadora. Seria de esperar que alguém com o QI daquela senhora fosse convidada para estar do outro lado, ou seja, do lado do concorrente. Afinal de contas, quem é que nunca deu umas boas gargalhadas à custa das respostas completamente erradas à custa de uns anormais desconhecidos? Se vocês ainda não tiveram esse belo prazer, eu dou-vos a última: o Voldemort foi um dos piores vilões que o James Bond teve de enfrentar (ouvido no programa do dia 17/10).

Mas, voltando à Dra. Manela (não é erro), vamos falar sobre o “Dezembro frio” e o “calor no estilo”: o amigo Camões adorou. Foi uma daquelas gralhas que, para além de ter passado por baixo do nariz de todas as pessoas da produção, ainda passou pela Dra. Manela como sendo o melhor provérbio de todos os tempos. Mas não, ela ainda tinha de vir para o Facebook defender-se a dizer que “há pelo menos 10 fontes” que sustentam a existência dos dois provérbios. Não quero bater mais na desbocada, digo ceguinha, porque o Camões já me está a dizer para não o fazer.

Vamos, então, às séries e deixemos as pieguices de parte, porque o nosso PM não gosta que os portugueses sejam piegas.

Chegámos ao não-tão-Outono-mas-também-ainda-não-é-Inverno e com ele chegaram as minhas séries que me deixam mais quentinho – claro que ao útil junta-se o agradável que é o cházinho e os biscoitos. Começo por falar de Scandal, que já vai na terceira temporada, e que continua a prometer dar que falar. Em grande parte porque a Kerry Washington está a esmerar.se no papel que tem. Às vezes demasiado, mas na maior parte das vezes interpreta o papel de uma mulher com tomates como as que não há por aí. Já Revenge, que vai na mesma onda, está a perder completamente a força. Está a virar-se cada vez mais para o drama em vez de se centrar na acção que teve nos primeiros episódios. Não quero dizer que é uma nova novela americana, mas já estive mais longe de deixar de a seguir…e basicamente é isto que ando a ver. Intercalado com os episódios de Perception e de Franklin and Bash que não tive tempo de ver no verão, ao mesmo tempo que tento acabar de ver a quarta e última temporada de Arrested Development.

Portanto, voltando ao Camões, ultimamente não tem sido muito bom para ele. As séries estão paradas, as que se mexem não valem quase nada e a para as boas ainda falta atravessarmos um natal e uma passagem de ano. Mas pelo menos ainda temos castanhas. Até à próxima!

The Revenge of The Big C in the City, during Summer!

Confesso que neste último mês, desde a minha última contribuição para o blog não andei muito atenta a séries no sentido de ver coisas novas. Contudo, nos intervalos da escrita da dissertação e de outras tarefas menos agradáveis, terminei The Big C e comecei a ver Revenge. Tenho estado a rever também Sexo e a Cidade para descontrair um pouco.

A primeira, The Big C, conheceu o seu final no passado dia 20 de Maio. Teve direito a  uma última temporada, após ter sido cancelada pela Showtime. O final foi previsível conhecendo a premissa inicial – uma professora, Cathy, a quem é diagnosticado um cancro – mas mesmo assim foi muito interessante e emocionante conhecer a viagem de Cathy desde o momento em que tem conhecimento que está doente, como lida com a doença, e o impacto que esta tem nas suas relações familiares, mudando a sua forma de estar na vida e os seus hábitos. Cathy reaprende a viver, definindo as suas metas, com novas ambições (sem enveredar pelo mundo do crime. Looking at you, Walter White). A certa altura, Cathy decide que quer pôr fim ao jogo contra a Morte, não aceitando fazer mais tratamentos e assim começando a despedir-se da vida e de quem a rodeia. Dentro da previsibilidade, a série ensina-nos muito as relações humanas, sobre medos e ambições, e a forma como lidamos não só com a morte mas também com a vida. Por vezes também é preciso coragem para enfrentar a vida, como ela é: cheia de contratempos, surpresas. Embora o seu tema possa ser um pouco “pesado” (conforme o ponto de vista) “The Big C”  não deixa de ter momentos muito engraçados. Recomendo a série.

Outra série que comecei a ver foi Revenge. Gostei da premissa da série, de inspiração literária – “O Conde de Monte Cristo” de Alexandre Dumas. Emily Thorne (Emily VanCamp) chega aos Hamptons (onde os ricalhaços têm as suas mansões) e aluga uma casa ao lado da família Grayson para passar o Verão. Na realidade, Emily é Amanda Clarke, cujo pai foi acusado de um crime que não cometeu e enviado para a prisão, sendo mais tarde assassinado. Emily/Amanda quer agora vingar-se e destronar todos aqueles que contribuíram para o aprisionamento do seu pai, especialmente a família Grayson. Com um enredo promissor, a 1º temporada foi boa, gostei da forma como história foi construída, com twists e revelações interessantes.  Não é uma série pesada nem maçuda, entreteve bem. Tem uma vertente novelesca, com tudo isso que acarreta. Por vezes até a menos boa representação de alguns atores do elenco. Mas a 2º temporada tornou-se chata. Eu ainda nem terminei e já estou um pouco farta para dizer a verdade.  Ao mesmo tempo que quiseram desenvolver algumas das personagens e histórias, a série perdeu algum interesse sendo que muitas histórias estão demasiado rebuscadas. Ainda vou terminar a série e depois logo se vê se irei acompanhar a nova temporada a começar em Setembro.

Aí quase por estrear, dia 30 de Junho, está Dexter. Estou curiosa para ver o que trará nova e final temporada! Promete ser de arromba e esperemos que assim seja. Talvez na minha próxima crónica escreva sobre as minhas impressões em relação à temporada.

Foi notícia esta semana que James Gandolfini, mais conhecido pela sua interpretação de Tony Soprano da aclamada série Os Sopranos, faleceu. Nunca ter visto Sopranos é realmente um grande erro meu, enquanto espetadora de séries de televisão. Ooops! Por isso, infelizmente nas piores circunstâncias, vou começar a ver Os Sopranos em breve. Apesar de já ter lido/ouvido falar que é muito boa (e do seu controverso final) não sei bem o que esperar. Espero gostar para assim compreender a mística à volta da série.

E não, ainda não desisti de ver West Wing, The Killing, Justified, entre tantaaaas outras. Agora que estou praticamente (quase) despachada da tese de mestrado posso mergulhar no mundo da séries e no mar quando for à praia. sem sentir-me culpada!! Por isso, logo a seguir a Sopranos (se a coisa correr bem), verei essas séries ou parte delas.

Se tiverem alguma recomendação, não hesitem a tweetar-me!

Até breve.

Upfronts 2013 : ABC Tudo ou nada!

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Devido a um pequeno lapso a grelha da ABC ficou para trás aqui no Imagens Projectadas, mas e apesar do atraso aqui fica a programação da próxima temporada do canal. Com algumas mudanças ligeiras e a manutenção de apostas nas séries fortes do canal a ABC não surpreendeu muito, mas talvez tenha cometido alguns erros.

Inclui Traillers

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Upfronts 2012 – ABC : A vingança serve-se ao domingo… [act.]

Terceiro canal americano a revelar a sua grelha e as novidades, a ABC prometia muito mas deixou para trás muitos da longa lista de pilotos pedidos. Com algumas mudanças de grelha aos domingos e a aposta nas sextas a abc prepara-se para mais uma época que comete os erros do costume. Segue-se o novo alinhamento da fall season da ABC:

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Inutilidade Audiovisual: Revenge

Meus pequerrucho, que estavam à espera que a minha vida pessoal fosse entorpecida de minutos sobrantes que me possibilitassem um momento de escrita aqui para o IP, trago-vos a Inutilidade Audiovisual: Revenge.

Saberemos que algo está mal assim que dois Mundos colidirem e ninguém se aperceber que os efeitos nefastos da sua colisão estragaram o melhor que eles tinham.

Posto isto, juntemos agora ao nosso imaginário cultural o livro, ou mais concretamente a ideia, de Alexandre Dumas quando escreveu “O Conde Monte Cristo”. Agora, coloquemos, juntamente com a obra literária de Alexandre Dumas, uma paródia frívola e deveras sensaborona passada em Hamptons. Não obstante, tragam para a misturadora, os  produtores do “Crepúsculo” e uma protagonista que parece saída das comédias do Peter Segal, mas que em vez de um ar enfadonhamente divertida, tem um ar enfadonhamente ameaçador onde cada sorriso é procedido de um seco e repetitivo olhar matador, plano após plano.

“Revenge” é algo que não encaixa. Quando soube que a ABC ia trazer ao ecrã (mais) uma adaptação da história do “Conde Monte Cristo” eu pensei cá para mim “Hmmm, eu que já li o livro e vi a adaptação da SIC com o Diogo Morgado, estarei à espera que isto me venha acrescentar qualquer coisa?”. Na verdade nem sequer devia ter pensado nisto. Quando vemos um Diogo Morgado em modo “Vais-te foder!” sabemos que mais nenhuma adaptação audiovisual, seja da SIC ou da ABC, vai resultar em pleno.

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As Séries e a Música #4 – Revenge

Parece que volto ao tema sobre o qual iniciei a minha participação neste espaço. Falo-vos agora de Revenge. Pois, façam lá cara esquisita, então. Sim, esta série não é uma obra de arte. Mas eu vejo séries para me distrair, e não por obrigação. Ao menos, sou honesta.

Como o nome indica, é a história de uma vingança. Emily Thorne (protagonizada pela Emily VanCamp), que na realidade é Amanda Clarke, quer vingar o nome do pai, uma vez que este foi injustamente acusado de crime. Pois, isto é mesmo uma telenovela. Só sei que de semana para semana, quero sempre saber mais. Quando comecei a ver esta série, ela já levava algum avanço… e os primeiros episódios não me convenceram. Até chegar ao sexto ou sétimo episódio que me deixou de boca aberta. Agora tenho curiosidade em saber se a Emily leva a dela a avante (ah e quero ver se em algum episódio a Madeleine Stowe consegue ter uma expressão diferente). Não consigo explicar, mas é de facto viciante. É um guilty pleasure, sem dúvida.

Nesta série é também recorrente passar boa música. Nomes como Wye Oak, M83, Angus & Julia Stone, Washed Out e Twin Shadow já passaram em alguns episódios. São nomes que oiço com alguma regularidade. Já não via uma telenovela há muitos anos, parece que encontrei uma. Enquanto me despertar interesse, de semana para semana, continuarei a ver.

Os melhores do ano – Jorge Pontes

Olá aqui. Olá aí. Olá acolá. Olá acoli. Olá.

Estamos a concluir mais um ano. É mais uma jornada que finda e outra que começa. Mais 366 dias de novidades, de aulas, de trabalho, de praia, de séries, de filmes, de leitura, enfim, um número infinito de coisas. E o que nos resta no final? Fazer a lista das que se destacaram no ano transacto. Hoje o palco, gentilmente cedido pelo excelentíssimo António Guerra, é meu. Querem espreitar as minhas escolhas? Vamos embora.

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