Zapping Crítico #6 – A grande depressão americana, o Renascimento e Westeros!

O sexto “Zapping Crítico” vai dedicar-se ao comentário de três belas novidades a nível de produções televisivas, cujas tramas se desenrolam não só em épocas históricas completamente diferentes como em locais absolutamente distintos – mesmo em mundos diversos, num dos casos! Curiosos? Eu também estaria!

(Naturalmente, o texto contém SPOILERS para aqueles que não se encontram o mais actualizados possível com a exibição original, a dos EUA, das séries que serão retratadas)

Lembram-se de eu vos ter apresentado um trailer da minissérie “Mildred Pierce”, no meu primeiro post no Imagens Projectadas? Pois bem, o que na altura se resumia a algumas considerações minhas baseadas somente em elevadas expectativas e na confiança no talento de Kate Winslet, ficou finalmente comprovado, com a chegada dos seis belos episódios aos ecrãs de todo o mundo. Começamos por conhecer Mildred, uma mulher agarrada à estabilidade financeira que o marido adúltero lhe proporciona, com duas filhas e uma bonita casa nos subúrbios. O negócio imobiliário da família, à semelhança do que aconteceu com várias outras empresas após o crash da bolsa americana de finais dos anos 20, cai na falência e, com ele, a união de Mildred com o marido, Bert. A protagonista vê-se então obrigada a procurar trabalho, de forma a sustentar duas filhas habituadas a alguma abundância. Após algumas tentativas frustradas, Mildred, algo hesitante e de forma constrangedora, consegue um trabalho como empregada de mesa, decidindo manter segredo das duas filhas. É aqui que começamos a perceber realmente quem é esta mulher e de que material é feito. Mildred é ambiciosa, Mildred acha que é especial (talvez como toda a gente) e vê este mesmo brilho quando olha para as suas duas filhas. Quer o melhor para elas e fomenta-o, sem saber que está a alimentar um monstro sob o seu próprio tecto.

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Zapping Crítico #4 – Aventuras musicais

Excepcionalmente ao Sábado, este quarto segmento do “Zapping Crítico” propõe-se a comentar, não só o último episódio exibido de “Glee”, como o episódio musical de “Grey’s Anatomy”. Para quem não gosta do género, recomenda-se que mantenha a distância deste post… mentira, também irei comentar “Fringe” – que, à semelhança das anteriores, já se aventurou pelo musical -, “Shameless” e “Survivor”!

Comecemos pelo pior: “Grey’s Anatomy”. Nunca pensei que fosse ouvir o Dr. Hunt, sempre tão sério e profissional, a cantar no meio dos corredores! Todo o episódio me deu esta sensação de desencaixe, como se números musicais nunca devessem ter surgido numa série como esta. O desconforto era tanto, por vezes, que eu tinha de fazer uma pausa na exibição. Para não falar de que às tantas pensei que os meus olhos fossem saltar das órbitas, de tanto os revirar. Sara Ramirez tem uma voz fantástica e todos os que se atreveram a cantar também não desiludiram, mas a verdade é que os argumentistas perderam uma oportunidade fantástica de criar momentos genuinamente dramáticos, com direito aos diálogos inteligentes que sabemos que conseguem escrever, tendo em vez disso tratado toda a situação de Callie recorrendo à substituição dos mesmos por cantorias. Lame. So Lame.

(Tenho de confessar, no entanto, que a sequência abaixo está muito interessante.)

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Zapping Crítico #1

Muito boa noite/tarde/manhã. O meu nome é João Barreiros. Estreio-me aqui neste cantinho com a primeira edição da rubrica quinzenal “Zapping crítico”, onde basicamente me proponho a passar em revista (com um par de comentários e algum espaço para divagações) os episódios das mais diversas séries de televisão (actuais ou não) que tenho vindo a assistir. Naturalmente, o texto contém SPOILERS para aqueles que não se encontram o mais actualizados possível em relação a alguma série. Espero que vos agrade. Comecemos, naturalmente, com…

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