A sério … o que ver e não ver na fall season

peaky

Bem vindos de volta nesta fall season onde tudo parece bonito mas na realidade não é. Esta vai ser a minha nova rubrica aqui no blog com um nome originalíssimo de ‘A Sério…’ seguirá o esquema habitual de dizer mal de tudo portanto podemos passar ao que interessa. Este ano tal como os últimos não prometia realmente nada de extraordinário e com a crescente força que tem ganho o cabo os investimentos nas redes principais de televisão americana tendem a procurar pequenos confortos, reciclar ideias, agarrar grandes caras e tudo o mais que lhe possa garantir a tão almejada fatia dos 18-49 para fazer entrar o dinheiro. Há algumas séries que vale a pena espreitar outras nem tanto, o cabo como sempre tende a ser mais comedido nesta altura do ano optando por usar outros períodos para lançar grandes trunfos, mas mesmo assim é a habitual lufada de ar fresco.

A Fox foi o canal que menos séries lançou este ano pelo menos até ao momento e o destaque como é óbvio vai para Sleepy Hollow. A série começou bem, apresentou uma história fantástica e tirando alguma narrativa mais incoerente rapidamente se fixou como um dos sucesso da temporada vendo a sua renovação ao fim de três episódios. O facto de estar pensada para somente 13 episódios ajudou a consolidar o caminho e portanto não é definitivamente uma série a perder de vista, sobretudo para quem gosta do sobrenatural. Por outro lado Dads teve um dos piores pilotos que vi este ano, cheio de frases feitas, clichés familiares cheios de más vibrações, o uso abusivo de piadas racistas e ofensivas. Tudo o que de mau se pode esperar de uma comédia familiar. Brooklyn 9-9 foi uma pequena surpresa mas apesar de ter mantido um nível cómico aceitável ainda está a construir o seu caminho e acredito que vá melhorar.

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Inutilidades Audiovisuais: Client List

 Olá pequenos ilustres! Tenho-vos a dizer que esta é a primeira crónica que vos escrevo em modo post laborum, ou como quem diz, depois do trabalho.

Depois da rejuvenescência que tive quando me vi sem trabalho escolar nos audiovisuais decidi começar a ver séries novas, para ver se encontrava um produto, daqueles mesmo maus no que diz respeito a coisas más. A minha procura acabou por culminar na minha depressão, fui encontrar uma série que aborda o tema da alcovitice, juntamente com um cast cheio de gajos musculados – daqueles todos pump it up, que nos põe com vergonha de ir a praia, deprimindo-nos, esses pronto…

Encontrei a Client List, a única série sobre prostitutas massagistas que têm prazer  no seu emprego (prazer, pois…), isto porque o urban spa onde elas trabalham, deve ser o único sítio no planeta onde os clientes que querem uma massagem, ao nível dos joelhos para cima e do umbigo para baixo, são homens com corpos esculturalmente definidos, limpinhos, oleados e com uma cara de quem ficou um cheque prenda à beleza. Por outras palavras, esse homens, não definem o estereótipo do homem gordo, nerd, borbulhento e socialmente renegado que procura coelhinhas em bordéis para se satisfazerem a nível sexual.

O resultado é vermos uma bela Jennifer Love Hewitt, protagonista, mãe solteira de dois filhos, que arranja um emprego nesse bordel de esfoliantes corporais, e, apesar de relutante ao início, começa a habituar-se ao género masculino que por ali passa, acabando o primeiro episódio com orgulho no seu trabalho como menina rameira que satisfaz os prazeres sexuais com óleos exfoliantes massagista.

O que me chateia na série é existir um véu de improbabilidade que percorre a série toda. Não só acerca do aspecto masculino que referi, mas também nas situações mais corriqueiras que a personagem passa na sua vida pessoal. Acontecem coisas que nunca aconteceriam, nem quando o porco andar de bicicleta, nem quando a caneta azul servir para matar moscar. Remeto-me para, no episódio dois, a bela da massagista ir falar com a mulher de um dos homens que ela atendeu e, em poucos segundos, abraçarem-se num momento de introspecção matrimonial.

Deixem-se impressionar pela série, pela falta de consultadoria que esta teve e cheguem a mesma conclusão que eu cheguei: mas que raio de canal é o Lifetime Network?!