Camões Lunático #2 – “Lixo” televisivo

Pfffff….já viram o cheiro que práqui vai? Peewww! E não, não é o Pepé Le Pew que por aqui anda a passear…até porque não vou começar este texto com muito amooouuur et love at de firrrssst siiight.

De vez em quando sabe bem dar uma volta pelas listas de séries que andam por esse mundo fora. Quem sabe se não vamos descobrir qualquer coisa de novo?

E foi o que eu fiz. Andei por aí a ver e encontrei uma, de nome Don’t Trust the Bitch in Apartment 23, e pensei “Bem, isto deve ser qualquer coisa cómica com uma gaja parva”. Decidi ver o primeiro episódio, sem ler qualquer tipo de comentários/críticas. Querem mesmo saber como foi? Bem, pelo título da crónica não é nada difícil…mas foi um erro.

Don't Trust the B---- in Apartment 23

O argumento é terrível. Não há nada de lógico naquela série. Eu dou-vos um resumo do que eu entendi: uma gaja (June Colburn, papel interpretado pela Dreama Walker) que foi da aldeota no meio do deserto nos EUA para Nova Iorque trabalhar para uma empresa super grande que abre falência no dia em que ela começa. Ela fica desempregada e à procura de casa. Encontra uma gaja (Chloe na série – Krysten Ritter na vida real) que mora no apartamento 23 (óbvio), que é uma cabra, porque faz sempre tudo para conseguir o dinheiro da renda adiantado das inquilinas que para lá entram e que faz tudo para as irritar e serem elas a sair pelo próprio pé, sem o dinheiro. Esta June vai para lá e é a primeira que fica, mesmo depois da Chloe lhe moer o juízo. Falta só dizer que a Chloe é amiga do James Van Der Beek (que faz o papel de…James Van Der Beek).

E pronto. Foi isto que aconteceu, ou pelo menos foi isto que eu entendi nos 2 episódios que consegui ver antes de vomitar um arco-íris decorado com brilhantinas e sapatos de salto agulha.

Continuando: para além do argumento ser terrível, a própria realização dos episódios está péssima. Cenas cortadas em sítios sem nexo, músicas que acabam de repente sem uma ponta de preocupação e planos que, a meu ver, estão terríveis. Mas eu sou só um mero estudante de Comunicação Social que já teve de fazer uma curta-metragem e umas quantas reportagens em vídeo, que são avaliadas por um jornalista da SIC. Até posso nem perceber muito da cena.

Resumindo: não vale a pena. Não dá para rir, não dá para chorar nem tem cenas de sexo. Não dá para nada. É uma típica série de gajas (sem ofensa para os rapazes que gostam, que não me admiro que haja alguns), oca que nem um coco, com dramas para trás e para a frente.

Conhecem Gossip Girl, certo? (ou pelo menos já ouviram falar daquilo, já que já existe desde 2007) Os seus fãs dizem “ah, esta série é muito boa, tem muitas emoções e sentimentos e eu identifico-me com x ou y personagem”, mas todos sabemos que aquilo é uma novela.

A: “Eu não gosto de novelas, que horror!”
Eu: “Então e gostas de Gossip Girl?”
A: “É diferente…”

Pois claro que é diferente. É uma novela que vem dos grandes Estados Unidos da América, em que falam nada mais nada menos do que…inglês!, aquela língua fabulosa! Dramas? Nããããããããããããoooo. Cusquice? Nem pensar! Fútil? Nada disso. Quais são, então, as parecenças entre Gossip Girl e esta da C*bra do Apartamento 23? Aliás, as diferenças. Alguém mas sabe dizer?

Isto, considero eu, é lixo televisivo. São séries que os canais só aceitam porque sabem que aqueles telespetadores entre os 12 e os 24 anos, que são os mais emocionalmente instáveis, vão papar aquilo como se fosse oxigénio. Se o objetivo era fazerem uma série cómica…falharam redondamente,  acho que vou escrever uma carta aos senhores do The CW (canal onde passa esta série) a pedir os meus 40 minutos de vida de volta.