Inutilidades Audiovisuais: Client List

 Olá pequenos ilustres! Tenho-vos a dizer que esta é a primeira crónica que vos escrevo em modo post laborum, ou como quem diz, depois do trabalho.

Depois da rejuvenescência que tive quando me vi sem trabalho escolar nos audiovisuais decidi começar a ver séries novas, para ver se encontrava um produto, daqueles mesmo maus no que diz respeito a coisas más. A minha procura acabou por culminar na minha depressão, fui encontrar uma série que aborda o tema da alcovitice, juntamente com um cast cheio de gajos musculados – daqueles todos pump it up, que nos põe com vergonha de ir a praia, deprimindo-nos, esses pronto…

Encontrei a Client List, a única série sobre prostitutas massagistas que têm prazer  no seu emprego (prazer, pois…), isto porque o urban spa onde elas trabalham, deve ser o único sítio no planeta onde os clientes que querem uma massagem, ao nível dos joelhos para cima e do umbigo para baixo, são homens com corpos esculturalmente definidos, limpinhos, oleados e com uma cara de quem ficou um cheque prenda à beleza. Por outras palavras, esse homens, não definem o estereótipo do homem gordo, nerd, borbulhento e socialmente renegado que procura coelhinhas em bordéis para se satisfazerem a nível sexual.

O resultado é vermos uma bela Jennifer Love Hewitt, protagonista, mãe solteira de dois filhos, que arranja um emprego nesse bordel de esfoliantes corporais, e, apesar de relutante ao início, começa a habituar-se ao género masculino que por ali passa, acabando o primeiro episódio com orgulho no seu trabalho como menina rameira que satisfaz os prazeres sexuais com óleos exfoliantes massagista.

O que me chateia na série é existir um véu de improbabilidade que percorre a série toda. Não só acerca do aspecto masculino que referi, mas também nas situações mais corriqueiras que a personagem passa na sua vida pessoal. Acontecem coisas que nunca aconteceriam, nem quando o porco andar de bicicleta, nem quando a caneta azul servir para matar moscar. Remeto-me para, no episódio dois, a bela da massagista ir falar com a mulher de um dos homens que ela atendeu e, em poucos segundos, abraçarem-se num momento de introspecção matrimonial.

Deixem-se impressionar pela série, pela falta de consultadoria que esta teve e cheguem a mesma conclusão que eu cheguei: mas que raio de canal é o Lifetime Network?!