Alfabeto das Séries: E

Nesta rubrica baptizada de Alfabeto das Séries, procuro aprender um pouco mais sobre séries que não conheço e dar a conhecer novas séries aos leitores do Imagens Projectadas. Como podem ver, mais uma crónica, mais uma letra. E. E de elefante. E de entusiasmante. E de então vamos lá começar.

  • Eureka, (2006–2012), Syfy, Terminada.

Eureka

Eureka foi uma fantástica série de ficção científica transmitida entre 2006 e 2012. Não sendo muito conhecida, é no entanto uma das minhas favoritas de sempre. Com medo de me alongar demasiado, prefiro redireccionar-vos para este artigo que escrevi no ano passado no Imagens Projectadas, uma espécie de tributo à série, e que resume muito bem a minha opinião em relação a Eureka. Viva Eureka!

 Classificação:
starstarstarstarstar

  • Event, The, (2010–2011), NBC, Cancelada.

The Event

The Event conta a história de Sean Walker, um cidadão comum que ao investigar o desaparecimento da sua noiva, acaba por descobrir uma enorme conspiração contra o Presidente dos Estados Unidos. Esta conspiração involve o nome do seu próprio sogro e fenómemos que aparentemente ninguém é capaz de explicar. Foi chamada a nova “Lost” mas caiu redonda do chão no fim da 1.ª temporada. Uma série deste género devia ter não mais que 8/10 episódios, mas com 22 episódios, The Event tornou-se aborrecida. Embora o início e o fim da série sejam bons, o resto não compensa, por isso não aconselharia esta série.

  Classificação:
starstarstarstarstar

Continuar a ler

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano – por Miguel Bento

MALTA– os Momentos Altos (e Lows) da TV deste Ano - por Pedro Rodrigues

Quando olhamos para o ano em revista a nossa tendência é ir rapidamente buscar aquelas séries que são muito mediáticas, aquelas que todos adoram e alguns flops épicos. Como sou dos últimos a chegar a esta revista do ano vou tentar sair um bocado da linha e recordar algumas das séries ou momentos que não sendo tão mediáticos deixam alguma marca. Para mim este foi mais um ano de séries inglesas que americanas, sobretudo o aumento de qualidade das primeiras e o marasmo cada vez mais evidente das segundas. Venham comigo viajar pelo ano de 2012.

Continuar a ler

The Moodys Effect #16 O Fim

2012

Este tem sido um ano complicado a vários níveis, seja pessoal ou mesmo em termos gerais, de facto as coisas mudam tão rapidamente que por vezes nem damos por elas, ou só nos apercebemos quando tudo acaba. Mas não vale a pena  lamentar a nossa sorte, melhores dias virão. O que me traz hoje aqui é uma pequena retrospectiva sobre o ano que passou. Com algumas estreias relativamente marcantes, séries que terminaram e um futuro pouco promissor.

Mas antes disso quero agradecer o facto de ter sido nomeados nos TCN Blog Awards por um dos textos publicados nesta crónica mensal. Não ganhei, nem esperava, mas ver algo que escrevi levar algum reconhecimento é sem dúvida um orgulho, e portanto tenho de agradecer sobretudo ao Guerra por me ter convidado para fazer parte deste projecto.

E agora vamos olhar para alguns momentos marcantes, sem grandes descrições mas que de alguma forma foram deixando as suas marcas nas várias séries do ano que agora está a terminar.

Continuar a ler

Hits & Flops #1 – Summer Season

Olá a todos, sejam bem-vindos à nova coluna de opinião (nome engraçado e comprido) do Imagens Projectadas. Todas os domingos (hoje excepcionalmente à segunda-feira) eu, António Guerra, e o Miguel Bento, traremos os Hits e os Flops da semana que passou. O melhor e o pior em termos de televisão americana. Por isso, e sem mais atrasos, vamos embora ao que interessa.

Na primeira semana vamos falar do melhor e do pior da Summer Season, que está a acabar. Continuar a ler

Series-Gazing XV

Entramos, hoje, no oitavo mês deste tão problemático 2012. Um ano que prometeu, logo à meia-noite do dia 1, muito trabalho, muito esforço, muito suor. Nem todo o esforço é recompensado, é certo, mas aquele que é, deixa-nos gozar de um bom descanso e de umas boas férias na companhia da namorada, da família, dos amigos.

Agosto é, no final das contas, o mês em que nos apercebemos que a Fall Season caminha para nós a passos de Gulliver e que a Summer Season já vai bem avançada na sua caminhada. Afinal, já Eureka terminou, Continuum e Dallas seguem pelo mesmo caminho, True Blood que podia estar melhor (mas não está) já lá vai a meio e Warehouse 13 que teimava em não aparecer segue, já, para a sua terceira semana de exibição.

Quanto a Breaking Bad, segue, já esta semana, para o quarto episódio e, portanto, está mais perto de se despedir para regressar daqui a um ano… Eu não queria ter colocado este assunto na mesa mas o caro leitor rogar-me-ia pragas se não o fizesse. Precavi-me, pois.

Os Verões são, como reparou acima, dos canais por cabo. São eles que, de assalto, tomam os gostos dos espectadores com as suas histórias frescas, algo despreocupadas e, sobretudo, leves. E apesar de muitas já não serem o grande hit que mostravam ser há alguns anos, todas elas regressam, despidas de preconceitos, sem nunca esquecerem a sua verdadeira essência. E o que resta depois desta época? Alguns episódios para serem exibidos no Inverno para não nos esquecermos daquelas pequenas pérolas que no Verão nos deixam (ainda mais) sorridentes e relaxados.

No entanto, apesar do Cabo dominar, há um programa que nunca me escapa à vista quando começa o mês de Julho. Um puro guilty pleasure que, por mais monótono que seja, nunca consigo não deixar de ver: Big Brother. Talvez porque é diferente do que foi feito cá, talvez porque aquele dinheiro que é dado ao vencedor chega a ser justo considerando todas as provas, todas as traições, todos os twists que passam por aquelas 13 pessoas que vivem, em conjunto, durante, aproximadamente, 75 dias. Tem, como todos os restantes programas, os seus altos e baixos. Tem, como tantos outros, os seus momentos cómicos e tristes. Mas, no final de tudo, é um programa que nos faz olhar a nós, enquanto pessoas sociáveis, até onde estamos dispostos a ir por alguma coisa. E os caminhos são tão sinuosos e, por vezes, tão deliciosos de ver que não resisto a dar uma dentada a esta maçã que, todos os anos, se renova.

Preparando-nos para a enxurrada de séries que virão já em Setembro, a Summer Season é um dos pontos mais importantes de toda a televisão americana. Sem ela, não havia o recarregar de baterias e a ânsia de saber o que vai acontecer com as nossas favoritas não cresceria. Sem ela, nenhuma das histórias que vemos actualmente estaria no mercado… E se estivesse, seria algo tão diferente quanto azeite e água num copo.

Aproveitemos esta Summer Season que, num estalar de dedos, finda. E se acaba, a praia e o leve cheiro a maresia desaparecem e significa, apenas, uma coisa: está na hora de voltar ao trabalho.

Codename: Eureka

Hoje decidi fazer algo diferente e dedicar todo o post à série americana “Eureka”, do canal Syfy, que acabou muito recentemente. Uma forma de tributo. Com o último episódio emitido no dia 16 deste mês, Eureka concluiu em grande a sua viagem de 6 anos. Não é uma série muito conhecida, o que é uma pena. Não deixa, no entanto, de merecer mérito. Muito mérito.

Mas afinal o que é isso de Eureka? Bom, Eureka é uma cidade fictícia americana habitada por todo o tipo de génios, responsáveis pelos mais fabulosos e impensáveis avanços tecnológicos. Em cada episódio da série acontece algo de errado: um acidente misterioso, uma peça de tecnologia que foi mal utilizada… Ao xerife Jack Carter, o único habitante de Eureka que não é propriamente um génio, cabe a função de resolver o problema e repor a ordem.

Bolas de fogo inteligentes à solta, mudanças de temperatura abruptas, cães robots que explodem sem explicação, objectos e edifícios que começam a flutuar ou que simplesmente desaparecem, pessoas que são transformadas em pedra, viagens no tempo, universos paralelos… Eureka tem de tudo, e é isso que me fascina: o conteúdo geek e de carácter futurista e as invenções e acontecimentos fantásticos. Para além do acontecimento principal, todos os episódios têm situações caricatas, humor divertido e aquela parte onde os cientistas falam com termos técnicos que deixam qualquer espectador à nora. E todos os episódios são fantásticos. É verdade: a primeira temporada pode demorar a “entrar” e até desiludir um pouco, mas ao longo do tempo a série melhora, as personagens crescem e vão e vêm… e Eureka não perde a sua essência.

Outra coisa que me faz gostar muito de Eureka é a interligação com outras séries, nomeadamente Alphas e Warehouse 13. Personagens “saltam” de uma série para a outra para fazer uma ou outra participação especial, dando a entender que as três séries se passam no mesmo universo.

A última temporada mantém-se à altura das anteriores e os últimos episódios, cheios de reviravoltas, criam uma certa tensão no espectador. É o fim que se aproxima. O fim de uma série que vai deixar saudades. Eureka despede-se com o episódio “Just Another Day…“. É um super-episódio, com um bocadinho de tudo o que a série mostrou ao longo dos anos e onde podemos rever caras antigas – e uma ou outra cara nova, até. De uma forma muito emocionante, Eureka mostra-nos que afinal tudo pode acabar bem. Mas Eureka não acaba. Eureka vive. Vive para sempre nas nossas mentes.

The Moodys Effect #11 – Eis o verão… e as séries veraneantes.

É sempre mais complexo falar do verão do que da fall season, sobretudo porque nesta época o cabo fervilha de novidades, regressos e são imensos os canais que cada vez mais que apostam em séries. Se a época normal não nos satisfaz tanto como há alguns anos, o verão é sem dúvida o meu período favorito, não só porque está mais quente mas também porque o leque de opções na ficção aumenta exponencialmente. E este ano não é excepção a juntar ao facto de termos muitas séries novas, mas também despedidas anunciadas. Vamos a isto?

Continuar a ler

Codename: Especulações

Outra crónica aborrecida como a anterior, vinda de um paspalho que não sabe o que diz? Não. Pelo menos não é isso que estou a tentar passar.

Nesta crónica de Dezembro não tenho grandes críticas depreciativas a fazer, não porque não vi episódios maus, mas porque por acaso seleccionei só “coisas boas” para falar sobre. É o espírito natalício.

Comecemos pela óptima série Sanctuary. Não sei se é pela Amanda Tapping, se é pelas variadas aberrações que vão aparecendo ao longo dos episódios, se é pelo hilariante vampiro Nikola Tesla… o que sei é que esta série que cativa episódio após episódio (com algumas excepções, mas mesmo assim). Sendo uma série feita quase totalmente por computador, é fácil notar falhas, principalmente nas primeiras temporadas, mas não é isso que tira qualidade a série. A coisa que menos me agradou na série foi a forma repentina como tiraram a Ashley (interpretada pela Emilie Ullerup) e a Kate (interpretada pela Agam Darshi) da série. Ainda fico à espera que a Kate volte a aparecer. Façam figas.

Adiante. Na minha primeira crónica referi que embora com acontecimentos surpreendentes, The Walking Dead ainda não tinha apresentado episódios brilhantes. Agora não me vou contradizer por completo, mas estou seguramente muito mais confiante na série. Em primeiro, e para opinar contra o que algumas pessoas já me têm dito, The Walking Dead é um drama sobre pessoas… com zombies, e não ao contrário. O facto de aparecerem poucos zombies num determinado não implica perda de qualidade. Para a malta que diz que o final do sétimo episódio foi relativamente previsível, eu gosto de dizer que neste tipo de séries, o que me fascina não é o que acontece, mas sim a forma como acontece. E a forma como foi dramatizada a situação da Sophia foi brilhante. Agora só em Fevereiro é que chega o próximo episódio. Até lá, podemos especular: o que aconteceu com Morgan e o seu filho, onde estará Merle, que surpresas esperam os sobreviventes em Fort Benning?

Com todas as séries que acompanho, é difícil para mim começar uma série nova. No entanto, decidi-me, e há umas semanas comecei a ver Community. Adorei logo o primeiro episódio, e o seguinte, e o seguinte… Com os seus diálogos rápidos e piadas subtis, Community é uma série que merece o dobro da atenção que recebe e nem sequer devia ter estado em vias de ser cancelada. Se querem uma série de comédia, escolham, por exemplo The Big Bang Theory. No entanto, se querem uma série de comédia inteligente, escolham Community. Não se vão arrepender.

Aproveito para avisar os fãs de Warehouse 13, Eureka e Haven: hoje, 6 de Dezembro, o canal Syfy vai transmitir episódios especiais de Natal das três séries. Façam como eu e guardem os episódios para uma altura mais próxima do Natal, vão ver que vai ser mais giro vê-los aí!

Ainda tenho mais umas quantas séries para comentar, mas – já sabem como é – isso fica para a próxima. Até lá!