Dollhouse – 2nd Season

Comento, hoje, uma das séries de Joss Whedon pela qual estive apaixonado deste os seus primórdios. Não me apaixonei por ser do Joss mas porque a temática tratada era diferente. Ora, para vos situar, Joss criou um produto que se baseava numa casa que era gerida por uma organização aparte do Governo e em total sigilo que recrutava pessoas com vidas duvidosas ou que necessitassem de uma nova vida e, portanto, de mudança, limpava todas as suas memórias armazenando-as num hard drive, para, 5 anos depois, as “bonecas” e “bonecos” pudessem ser reintegrados na sociedade.

Numa primeira instância, temos a história. Uma premissa interessante que tinha bastantes pontas por onde pegar e daí se fiar todo um rol de situações que tinham como objectivo manter a qualidade e a regularidade da temporada e, consequentemente, da série.

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V – 1st Season

V é uma série de extraterrestres. Não vale a pena negar porque o é. Por esta razão, estava, na temporada passada, duvidoso quando à abordagem que dariam à vida fora da Terra que sempre suscitou curiosidade no ser humano.

Devo dizer, de antemão, que nunca me dei bem com séries sobre/com extraterrestres. Sempre as achei irreais, parvas, sem fundamento. Para quem está a pensar em Doctor Who, bem, vi a primeira temporada e tenho que recuperar as restantes mas quero-me habituar àquele mundo. É estranho ver aqueles aliens… Sinto-me desconfortável, apenas.

Bom, mas este V é um remake da mini-série (e série) feita em 1982-1983, pela NBC e que na altura foi sucesso. É certo que, actualmente, e estando mais desenvolvidos tecnologicamente, o assunto “extraterrestre” seja mais “normal” entre a comunidade. Naquela altura, tal era futurista e captava bastante as atenções de todos os espectadores.

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FlashForward – 1st Season

Foi com FlashForward que a minha aventura pelo mundo da televisão americana deu um enorme salto. Através do meu melhor amigo que via, no canal Five, inglês, a série, ele colocou-me o bichinho e fui acompanhando a série (adquirindo-a) até ao seu fim.

Acho que os leitores ou os que acompanham o Portal de Séries e mesmo para aqueles que não sabem, achei FlashForward uma autêntica perda de tempo. Foi má e não gostei do rumo que os produtores e argumentistas deram à série. Não duvido que tenha sido uma produção caríssima, que levou tempo, mas há limites para aquilo que fazem.

Comecemos, então, esta viagem pela (extensa!) primeira temporada.

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Bored to Death – 1st Season

A tradução literal de Bored to Death é “aborrecido até à morte”. Por alguma razão será. Bored to Death é, claramente, aborrecido. E eu um bocadinho burro por não ter visto isso logo no início. Mas pronto, passei um ano de morte com a série.

Partindo com o carimbo HBO, a série tinha tudo para resultar. Contava a vida de um “pseudo-detective” e os seus casos. O pior é que, de tudo isto, a melhor coisinha é a abertura da série. Pois, partindo depois para a série propriamente dita, ele perde grande parte do interesse. Começa por perder interesse nas personagens, que não apegam-se logo a uma pessoa. Falta um tom realista e, talvez, moralista para as mesmas, mesmo posicionando-se Bored em estilo de comédia. Para quem anda sempre a fumar a vida é muito maçuda…Mas pronto, as personagens existem, mas não são grande coisa. Ponto número um.

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The Middle – 1st Season

[No meio, princípio e fim…tudo com pouquinhos spoilers] No meio das comédias que surgiram na temporada que passou há sempre algo que escapa, mesmo sendo bom. The Middle é daquelas séries que deve ter passada despercebida para a maior parte do público. O nome não é grande coisa, é apenas mediano, o piloto é intermédio, a série é algo bom. Mas, mesmo assim, The Middle é daquelas coisas que, apesar de escapar a meio mundo, o outro meio (ou apenas 1/10) fica fascinado e diverte-se.

Esta dificuldade de a série ser vista passa muito pela quantidade enorme de estreias que houve nesta temporada. The Middle não era daquelas que chamava mais à atenção, reconheço. E, para quem viu o piloto, e vendo Modern Family excelente, deixaria a série para trás. E é verdade que The Middle não consegue atingir a qualidade de Modern Family. É um pouco a baixo, a comédia não é tão divertida. Mas também era muita sorte apanharmos duas séries MF numa temporada. Assim sendo, talvez The Middle se tenha “intimidado” pela concorrência forte.

Mas a série que segue também uma família não se tem de intimidar. Seguindo a vida de um casal um pouco, digamos, excêntrico, com os seus 3 filhos também, digamos, originais, The Middle é uma comédia um pouco simplista. Vive à volta essencialmente dos problemas que a mãe passa para criar os seus filhos. Este é o primeiro pormenor que afastaria da série. Mas, para quem a viu, ainda aproxima. Pois, para além da comédia, conseguimos ver sempre um carácter moral por de trás das narrativas. O que torna ainda mais interessante a série.

Adicionado a isso os filhos da família, a comédia é levada a outro lado. Temos três filhos que, cada um, era capaz de por uma casa em pantanas. Assim, com os 3 juntos e os pais um pouco despreocupados, já sabemos que dará mau resultado. Ou seja, The Middle é daquelas comédias onde vemos uma história a começar como um migalha e tornar-se um pão. A crescer para, posteriormente, ser destruída de uma forma hilariante.

Se isso não basta-se, temos em The Middle uma renovação completa. Apesar de a base ser quase sempre a mesma, a pizza vem sempre com ingredientes diferentes. E isso torna cada episódios único e interessante de ser visto. Ou seja, a renovação de The Middle torna-a, para além de uma comédia interessante, um poço de boas histórias e algo tão casual que nem nos damos conta que existe, mas que está sempre lá. Este é mais um trunfo da série: pegar na casualidade e torna-la divertida.

Assim sendo, e com uma temporada regular, The Middle é um bom lago de diversão. É uma comédia que, apesar de não ser brilhante nem com pícaros extraordinários, consegue conquistar logo nos primeiros episódios. Nem que não seja pela brilhante construção da situação familiar que temos pela frente.

Party Down – 2nd Season

[E sai uma dose de spoilers] Segunda temporada. Talvez a temporada da prova dos nove. Para ver como tudo sai, como a vida corre. É a temporada onde vemos uma série a crescer mais ou a descer, sendo a primeira temporada apenas fogo-de-vista. E, se isto ocorre em quase tudo, nas comédias é notório. A segunda temporada é, na minha humilde opinião, a mais difícil. Pois é o reciclar da ideia. Por isso sentia algum medo ao ver como Party Down se portaria na sua segunda temporada. Porque, vendo o estilo da série, era complicado ver para que lado se iria virar.

Party Down virou-se mais ou menos bem. Desceu de qualidade, mas demonstrou que a brilhante primeira temporada não era fogo-de-vista. Foi apenas fogo-de-artifício, um artifício de aumentar a série. Assim, ao chegar a esta segunda temporada, a verdadeira identidade da série revela-se completamente. E, claro, como quando os bebés crescem ficam com rugas, também Party Down se ressentiu um pouco com este crescimento.

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Human Target – 1st Season

[Sem tiros…nem spoilers. Só explosões] Acção. Quem não gosta de umas pitadas de explosões, de armas a serem disparadas a velocidade da luz e perseguições, seja de carro ou de mota? Sim, sem ser o João Paulo, que é um gajo esquisito (mas muito porreiro…tem de se dizer a verdade), todo o pessoal gosta. Gosta daqueles filmes que se come e deita fora. Que, naquela 2:30 se adora mas que, cá fora, se diz que não achou nada de especial. Mas que toda a gente gosta de acção não haja dúvidas. Toda a gente gosta de ver carros explodir (por alguma razão se para nos acidentes. Espera-se que essa pitada de acção ocorra), gosta de ver armas a disparar, excepto se for a 3D, pois é capaz de ficar com um torcicolo, ou perseguições (de novo os portugueses são exímios a afirmar o seu gosto pela acção: para além das explosões, também fartam-se de parar nos acidentes para ver se saem de lá pessoal a disparar, após uma perseguição. Outra prova é a variedade de noticias que fazem com perseguições nos States. Já se sabe que aquilo vai acabar com o carro metido na bancada da fruta, mas tem-se sempre a esperança que o condutor saia do carro e dispare contra ele (veiculo) para o ver explodir). Por isso a acção é aquela coisa que todo mundo gosta. Mesmo que não o queira admitir.

Human Target é daquelas séries que tem tudo para ser amada, dos 8 aos 100, porque daí para cima a vista já não é a mesma coisa. Mexe com a acção, que já teve uma introdução toda pomposa, o que faz dela logo uma série intemporal neste tempo que passa. Em termos de cinema faz-me lembrar James Bond, com as suas Bond Girls, e com um ritmo alucinante sem alucinantes. Alucinante é a personagem de Mark Valley, que passou de morto-vivo em Fringe para um vivo-quase-sempre-morto. Mas é sempre melhor vê-lo assim do que com a pele descamada em Fringe. Encarna Christopher Chance, a personagem principal da série, o que o torna o Impossible Men. Chance é daquelas pessoas que se chama quando o mundo está virado ao contrário e o sangue continua a ser bombardeado para a cabeça. Quando não parece haver solução possível. A solução para problemas irresolúveis e que misturam armas.

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Doctor Who – 3rd Season

[Atchim…ou melhor: Spoilers. O atchim foi do pó…já devia ter escrito isto há um tempinho valente. E já se sabe como a alergia é tramada] Eu sei que, em certa parte, me volto a repetir quando falo em Doctor Who. A série tem um sempre a mesma base e, sendo assim, as estruturas variam, mas sempre “inclinadas” para o mesmo sítio. Mas vamos repetir. Pois, quanto mais se repete, mais vocês ficam convencidos, se já não estão. Se uma mentira que, repetida até à exaustão, se torna verdade então uma verdade, repetida umas quantas vezes, fica ainda mais verdadeira. E é isso que sinto também a ver Doctor Who: que a série é cada vez “mais boa”. Melhor não, porque já é muito difícil o ser. Mas tomo uma consciência de como esse “melhor” fica expresso. E é nesta terceira temporada que, claramente, consigo ver a série a dar mais um passo em frente. Um passo para Buzz Lightyear com a sua deixa: “To infinity and beyond…”.

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Better off Ted – 2nd Season

As ostras são um ser vivo fantástico. Um pouco habituais por fora guardam pequenas grandes relíquias dentro destas, construídas aos poucos e poucos. As pérolas nascem do trabalho de pequenos animais que, mesmo não sabendo, transportam parte do mundo dentro do seu mundo. Aquelas conchas transportam aquele “ser” presumivelmente brilhante mas não sabem que para nós, seres humanos, aquilo que trazem protegido tem uma importância talvez exagerada. Mas a vida também é feita de exageros, por isso…

Better off Ted foi, para mim, uma ostra. Daquelas que apanho poucas vezes, que surgem por vezes nas curvas dos corais da vida, banhados pelo mar calmo. A série estava rodeada por uma concha feia, daquelas que a primeira vista não chamam à atenção num mar que tem luzes que tapam a vista humana. Primeiro porque tinha uma concha onde, desculpem as pessoas, não reconhecia nenhum nome que me chamasse à atenção. Depois porque chegou-me aos ouvidos como uma comédia um pouco non-sense, com características únicas e, por isso, um pouco duvidosas. Depois porque era da ABC, que não tinha grande património no que toca a comédias. Se isto tudo não bastasse, pois já bastava, os primeiros episódios demonstravam, apesar de, como depois fui a confirmar, não mostrarem; que o melhor de Ted não era grande coisa. A ostra ficou ali, no meio do mar de séries que já vinha. Até que, um certo dia, ouve uma bússola que apontou na direcção.

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Doctor Who – 2nd Season

[Spoilers…não queriam mais nada. Agora apetece-me comentar com spoilers…] Isto de escrever reviews é algo complicado. Principalmente para alguém como eu, que gosta de fazer uma introdução toda pomposa para começar estas. Assim sendo, e hoje como estou um bocado de mau humor (não estou nada…é uma desculpa esfarrapada) vou começar logo a comentar a série. Para ver como sabe. Então vamos lá…

Nesta segunda temporada Doctor Who consegue mudar de actor principal. Christopher Eccleston abriu as hostilidades, mas este segundo ano ficou reservado para David Tennant. Para quem não veja DW deve pensar “WTF? Como isso é possível?”. Mas a série responde de uma forma natural, pois estamos num mundo de conto de fadas: é possível porque Doctor é um Time Lord (para que traduzir quando a expressão é tão bonita?). E os Time Lords conseguem. Ponto final. Tal como as galinhas põem ovos, os Time Lords rejuvenescem. Tomara metade de Portugal que por aí anda conseguir…a Lili Caneças, ao ver isto, deve ficar maluca. “Também quero, também quero” deve pensar ela. Mas deixemos a Lili consigo…voltemos as viagens temporais. Então, com a introdução do David a série ganha algo que Christopher não conseguia dar: ser mais divertida. DW tem um público vasto e umas pitadas de comédia haviam faltado à série. Assim sendo, e com o David no comando, com uma escrita muito mais subtil e cheio de mensagens subliminares, a série consegue atingir um novo nível de diversão.

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