Os meninos de Londres, chamados de Coldplay, tem uma música que se intitula de “Spies” e reza assim a letra: I awake to find no peace of mind / I said, how do you live as a fugitive. E, de seguida: And the spies came out of the water / But you’re feeling so bad ‘cause you know / But the spies hide out in every corner. Covert Affairs tem, destes dois versos, duas características. A fuga da protagonista do passado e a vida de espião. Mas vamos por partes.
Embrião da USA, talvez a melhor emissora de cabo que por aí anda no que toca a séries que divertem, visto que nos dá séries como White Collar, Burn Notice ou Royal Pains, Covert Affairs vem na onda de séries que tem cara de verão, mas que escondem uma faceta um pouco mais ampla por trás. O piloto, de 1 hora, serve como apresentação. É preciso criar personagens consistentes logo nas primeiras cenas, é preciso aproximarmo-nos destes. É preciso de criar narrativas passadas, ou pelo menos abrir terreno para esses lados. É preciso ter, para além disso, ritmo que faça com que a série deixe saudades. O piloto, a par do segundo episódio, onde as verdadeiras características vêm à tona, e o final, onde tudo o que foi pensado é concretizado, é o episódio mais importante da série. Assim sendo, e medido Covert Affairs unicamente pelo piloto, vemos algo consistente. Não é brilhante, pois não nos dá logo personagens que aprisionem sem mais largarmos. Mas, para uma série que pretende, no fim de tudo, divertir, a série dá um piloto onde todas as linhas que referi em cima são tratadas e deixadas a lume brando.
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