Olá a todos, sejam bem-vindos à coluna de opinião (nome engraçado e comprido) do Imagens Projectadas. Todos os domingos (hoje novamente e excepcionalmente à segunda-feira) eu, António Guerra , e o Miguel Bento, traremos os Hits e os Flops da semana que passou. O melhor e o pior em termos de televisão americana. Por isso, e sem mais atrasos, vamos embora ao que interessa.
Esta semana já com as grelhas mais completas e um lote de séries maior para escolha, podemos começar em força com o que realmente houve de melhor e pior esta semana que passou:
- Homeland – 2.01 – The Smile
Um regresso calmo mas a preparar muito bem o terreno para o que nos espera desta temporada. As personagens estão agora colocadas estrategicamente em posições muito distintas e num aparente clima de estabilidade, mas os fantasmas do passado voltam tanto para Carrie que recupera a sua sanidade mas vê-se novamente entre o dever e a manutenção do equilíbrio Brody agora num lugar de poder começar a sofrer as pressões da sua ‘missão’. Um inicio com a qualidade que a série já nos tinha habituado e agora é esperar para ver como se monta o puzzle.
- Homeland – 2.01 – The Smile
Não foi um episódio explosivo, mas notou-se a preocupação da série preparar terreno para a temporada. Depois do final, que apesar de não explosivo, não deixou muitas coisas iguais, temos agora a reconstrução do edifício que nos dará esta temporada. De novo Homeland explora temas actuais, como a ida da Carrie para os países árabes que se encontram na sua Primavera, enquanto Brody começa a tomar o seu papel na política americana. Vamos ver o que vem daqui, mas Homeland teve um primeiro episódio muito digno da 1ª temporada.
- 30 Rock – 7.01 – The Beginnig of the End
Um inicio da temporada final muito bom, com o nível habitual de loucura da série e agora com um claro objectivo para o final da série. Nada como levar ao extremo o gozo com a própria NBC e este objectivo da Liz e do Jack em aniquilar o canal tem um gostinho muito especial de maldade e não poderia ser o inicio do fim mais perfeito. E o casamento mistério da Jenna que ninguém faz ideia quando será é o toque de insanidade a que a série já nos habitou com estas personagens fantásticas.
- The Good Wife – 4.01 – I Fought The Law
Não foi absolutamente brilhante, mas foi mais um bom episódio de The Good Wife. A série consegue ter sempre um nível interessante, e este episódio foi mais uma vez e a demonstração disso. Claro que agora é saber o que a série nos vai preparar nesta temporada que aí vem. Tem boas narrativas, mas não sabemos se serão bem aproveitadas. Conhecendo TGW, espera-se tal. É ver o que a temporada dá.
- Hunter – 1.01 – Mort
Uma nova série da BBC com a bela Melissa George no papel de uma espia que se vê traída dentro da própria organização e passado um ano regressa para perceber até onde pode ir a traição daqueles que lhe eram tão próximos. Uma fotografia muito boa, um elenco bastante competente e um argumento rapidamente atractivo. Uma recomendação inglesa para sair da pasmaceira dos pilotos americanos.
- Last Resort – 1.02 – Blue on Blue
Não foi tão explosivo quanto o primeiro, mas deu para ver que a série consegue manter o nível. Mesmo assim, espera-se um pouco mais. Last Resort pode ser uma série interessante se não cair no “caso da semana”, tal como as antecessoras (Terra Nova à cabeça) e conseguir ter uma narrativa contínua interessante, e não farrapos no final do episódio. Vamos ver o que saí daqui…por agora está interessante.
- Once Upon a Time 2.01 – Broken
Podemos começar pelo final que foi a única parte boa do episódio. Ao menos posso admitir que os autores não tiveram medo de quebrar com a primeira temporada sem pudores e isso é bastante positivo quando agora a acção muda para algo que ninguém esperava. Mas até chegar ali tivemos um episódio lamentavelmente sem cor, sem objectivo e sem história nenhuma. O facto da magia ter voltado parece que volta de forma diferente e portanto ninguém entendeu muito bem o que fazer com ela. Os personagens não saíram de Storybrook mas sabem todos quem são mas isso a nós não nos deu grande interesse. No reino acompanhamos a princesa Aurora (a bela adormecida) e a Mulan numa jornada do mais aborrecido que havia até ao momento final em que percebemos o que se passa. Acho que fui tudo mal montado, esperemos que o segundo episódio corrija a pasmaceira que vimos neste inicio.
- Fringe – 5.02 – In Absentia
Um flop não é o pior episódio da semana mas aquele que não cumpre as expectativas que nós lhe damos. E Fringe esta semana foi assim. Um episódio sem grande avanço, algo que não se percebe quando se sabe que o fim está ali, a poucos episódios. Foi para apresentar um pouco mais da filha da Olivia e da forma como as personagens que conhecem já não são deste mundo de guerra, mas pouco mais. Um andar de um lado para o outro que não deu quase em nada. Merecíamos mais.
- 666 Park Avenue – 1.01 – Pilot
Tive a clara impressão que quem escreveu este piloto se inspirou em American Horror Story, mas como estamos na ABC a história foi suavizada ao extremo tanto que nem conseguiu ter terror algum. Uma confusão de personagens num edifício supostamente assombrado e dominado por uma criatura do mal (Terry O’Quin). Demasiada informação para um só episódio, tivemos de conhecer quatro famílias, a história do prédio e ainda uns quantos acontecimentos feitos a correr. Era escusado algumas situações e o piloto só ficou a perder por querer dar tudo mas não conseguir mostrar um objectivo simples para a temporada. Mais uma série que não terá vida longa.
- How I Met Your Mother – 8.02 – The Pre-Nup
Que episódio mais parvo. Toda a situação é absolutamente irrisória, e foi a forma mais fácil, sem piada e ilógica de despachar uma personagem. Precisava-se de despachar, quase podiam ter morto por um desconhecido. Aparecia o Jack Bauer e puff…lá ia ela. Tinha a mesma lógica e a mesma estupidez. How I Met Your Mother já não tem ideias. Esta foi mais um episódio em que demonstrou isso…não há mais nada a dizer.
- Dexter – 7.01 – Are you…?
Que ia ser difícil saírem daquele final era óbvio, mas nem se pode dizer que não foi bem pensado. O problema é que Dexter de repente ficou estranho e imbecil. Então um tipo que é descoberto pela irmã a primeira coisa que faz é pegar num dos casos do dia e matar o assassino num aeroporto? Sai dali com o cadáver como se ninguém visse? E porque mataram o Mike, afinal para que serviu o personagem? Porque não se livraram dos canastrões do Quinn e do Batista afinal eles andam lá só mesmo por andar. Não entendo o rumo disto. Foi um episódio salvo pela prestação da Debra e de todo o processo que levou a perceber quem era o irmão, mas sinceramente não precisavam estupidificar o Dexter porque a razão da ‘necessidade’ de matar não pode ser superior à capacidade de esconder de todos o seu mistério. Temo pelos próximos episódios porque ficou provado que isto vai ser um descalabro a antever pelos trailers.
- Dexter – 7.01 – Are you…?
Estão a ver o que o Miguel disse em cima? É acrescentar que a Debra foi um pouco estúpida, e que aceitar que o irmão mate é contra a sua natureza. Dexter, a pior série que a cabo americana nos dá esta Fall Season.
Eu gostei de Once Upon a Time é certo que as expectativas eram elevadas, mas a mim a série surpreendeu e gostei da volta que a série deu.
Tenho reparado que ultimamente têm batido muito no Dexter 😦
As expectativas após a brilhante 4a temporada ficaram demasiado elevadas e nas duas ultimas temporadas de facto Dexter não atingiu o nível esperado. No entanto penso que o final da temporada anterior salvou-a da mediocridade.
Eu gostei bastante deste 7.01. A ideia de matar o assassino no aeroporto foi mais para dar a entender que o Dexter ia fugir, penso que foi relativamente bem conseguida. Foi assim tudo um bocado à pressa mas o homem precisava de matar 🙂
Dexter pode já não ter o fulgor de outros tempos mas para mim será sempre um prazer assistir à serie…