A Trip Down Memory Lane

Inicio este amontoado de letras por pedir desculpa ao Tonico pelo atraso desta crónica e também um agradecimento pela compreensão e pelo tempo extra.

O tema para esta crónica são algumas séries  da  minha infância, aquelas de que tenho mais recordações. Portanto, nesta crónica vão ter que levar maioritariamente com séries infantis, fica feito o aviso.

Começando pelo princípio, acho que a primeira memória que tenho da TV, para além da Bota Botilde (malandros, não é pelas razões de que se fala actualmente e sim, eu sou muito antiga), é o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Lembro-me de ver todos os dias, aquelas pesonagens mágicas, que viviam naquele ‘sítio’. O Saci, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, o Pedrinho e a Narizinho. Esta produção brasileira foi uma adaptação dos livros Monteiro Lobato. Aqui há uns anos fizeram um remake também.

Uma vez que sou péssima com datas, penso que na mesma altura via “Os Marretas” e a “Rua Sésamo”. Nos Marretas, as minhas personagens preferidas sempre foram o Gonzo e o Fuzzy. A Miss Piggy sempre me irritou muito. E agora com este “revival” à conta do filme, é bem provável que reveja o “The Muppet Show“. Quanto à Rua Sésamo, o remake português tinha na sua primeira versão uma Alexandra Lencastre, bem mais novinha e pelos vistos mais ajuizada (Eu bem disse que era antiga, não se queixem).Acho que quase todas as crianças da altura aprenderam o abecedário e a contar com este programa. As personagens que mais gosto são o Elmo e o Monstro das Bolachas.

O “ALF” foi uma das séries que passou por Portugal também na altura em que era pequenita. Aquele E.T simpático, que adorava gatinhos. Ainda hoje quando apanho episódios na RTP Memória, eu repito a dose. Na altura em que passou em Portugal pela primeira eu ficava vidrada à TV a ver o dito extraterrestre, e ria muito.

Da minha infância, lembro-me sempre do “Knight Ridder” e do “MacGyver“. Reparem, eu vi isto na versão original, na altura em que só tínhamos dois canais de TV.  Eu sei que a série tem o David Hassellhoff, mas o mais importante sempre foi o KIT. Confesso que não me recordo de nenhum episódio em especial, eu só me lembro de carro que falava e andava sozinho.

O MacGyver é o individuo que salva o mundo utilizando um canivete suíço e uma pastilha elástica, e tem um corte de cabelo muito duvidoso. Esta série passava aos domingos ao final da tarde.

Os finais de tarde de domingo eram sagrados, para além de ser dia de “MacGyver”, era dia de “Dinossauros”. Os “Dinossauros”, era uma sitcom, em que os ditos animais eram fantoches. Viviam num mundo bem avançado, tinham televisões e tudo. A personagem que mais recordo é o bébé Sinclair, que adorava o pai. Mostrava-lhe isso cada vez que dizia “Eu quero a mamã” batendo-lhe na cabeça com uma frigideira.

Por esta altura, meados dos anos 90, também começou a passar em Portugal os “Simpsons”. Na altura não percebia uma única piada. Lembro-me de ficar a olhar para a TV e não perceber o que se passava, mas também esta não é uma série animada para criancinhas. A primeira vez que olhei para as criaturas amarelas não foi encanto que senti, foi medo. Sim, durante algum tempo e tive medo dos Simpsons. Alguns anitos mais tarde é que percebi a dimensão do programa. Aliás, eu continuo a vê-lo, não tão religiosamente como há uns tempos atrás.

E pronto, posto isto ficam aqui alguns exemplos do que se passava na nossa televisão com apenas dois canais e sem grande escolha(um mundo onde os telemóveis eram uns objectos enormes, e a net não era uma realidade para mim). Espero que não tenha sido uma viagem maçadora.