O fascínio pelo extraterrestre sempre foi algo que o ser humano teve. Melhor dizendo, o desconhecido sempre fascinou o ser humano. Pois as incógnitas é que tornam a vida engraçada, é o que tornam o futuro algo inconstante, uma dúvida permanente. Claro que, sendo o ser humano um ser tão fascinado, já houve mil e uma séries que albergaram o tema extraterrestre. A ficção científica é a forma do ser humano atribuir números as incógnitas. De resolver aquilo que a ciência não consegue, usando a imaginação. Pois porquê que a ciência terá mais importância que faz a mesma ciência avançar?
Doctor Who é outra que vem para o tema dos extraterrestres, do impossível. Britânica, criada nos idos anos 60, a série é um pouco incomum. Primeiro, eu que vejo pouco de séries anglo-saxónicas, não estou habituado ao sotaque. Mas isto é questão de nos habituarmos. O que me refiro em “pouco incomum” é o non-sence da série.
Isto deve-se a tudo o que a série envolve. Primeiro, o Doctor. O seu surgimento. Todos os segredos por de trás deste. Depois, a sua máquina de viajar, um bocado “diferente” das normais. Por último, os casos. A série consegue, com a TARDIS, viajar entre todos os tempos, englobar todos os povos existentes e imaginários. E que povos imaginários a série nos dá.
Para além de toda a sci-fi existente, dos povos descobertos, que parece um cada vez pior que o outro, temos sempre presente a relação próximo a de Édipo entre o Doctor e Rose. Sem laços de sangue, a relação parece daquelas em que um velho rico que se apaixona por uma bela jovem, e onde o amor passa a ser correspondido. O Doctor tanto é um pai como um amigo, passando pelo amante. Claro que sou isto a falar, e os fãs da série vão esfolar-me vivo, ou colocar-me numa película…é o futuro, meus queridos. Mas é isto que eu vejo, apesar de não ser nada de especial. Começa a haver muito velho por aí sozinho, e muita rapariga nova. É o que dá a natalidade…
Ainda assim, e apesar da relação, eu enxergo outra coisa fantástica na série. A crítica a sociedade. Saramago viajou para 1700 e picos (não me apetece pesquisar…), Doctor Who viaja entre tempos. Mas a crítica a sociedade é sempre algo presente, uma constante no meio das incógnitas que a série responde. Torna-se ainda mais fascinante de assistir.
Claro que, para juntar a isto tudo, ver a criatividade dos argumentistas, que conseguem puxar sempre algo novo, a existência sempre de um bom caso e, para ajudar, um bocado de risadas. Doctor Who é, no fundo, uma série para divertir. Tem bons arcos, boas narrativas. A Rose é jeitosa. Ver a Terra explodir também. Como diriam os Flight of the Conchords: In the distant future…the year 2000.
Opa, fico esperando o review da primeira temporada. Já me disseram que essa série é boa, mas ainda não me deu vontade de ver pq sempre achei q ela fosse meio “infantil”, mas vou esperar o q vc vai dizer sobre ela p/ ver c mudo de opinião. =)
A série é excelente. E parece melhorar a medida que avançamos na narrativa. Espreita para ver se gostas. Eu depois digo o que aconteceu na primeira temporada.
CUmprz